Inflação impacta bares e restaurantes que enfrentam o desafio de mexer no cardápio

Entidade diz que estabelecimentos do setor vão tentar segurar “onde puder” para não repassar o custo para o cliente

A disparada da inflação já impactou nos bares e restaurantes e o desafio agora é a inevitável mexida nos preços dos cardápios dos estabelecimentos, alerta a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (AbraBar). Em março, o Brasil registrou alta recorde do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicando ser iminente a continuidade de alta nos próximos meses.

Alguns estabelecimentos do setor vão tentar segurar aonde puder, reduzindo as opções e ofertas de variedades ao consumidor, infelizmente. “A maioria dos estabelecimentos pretende alterar valores ainda neste semestre”, ressalta Fábio Aguayo, presidente da AbraBar. Segundo o IPCA, a inflação de fevereiro para março variou 2,40% em Curitiba, acima do valor nacional, que variou 1,62% no período.

A média de alta nos preços de pratos tradicionais (arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface e tomate) em bares e restaurantes chegou a 25% na capital do Paraná, contra 34% em Porto Alegre, São Paulo 23% e Rio de Janeiro 26%. No ano, Curitiba já acumula alta de 4,20%. Em doze meses, o acumulado é de 14,37%.

Além da inflação, outro ponto que preocupa o representante de bares e restaurantes é a data-base dos trabalhadores. “O reajuste nos preços vai incluir, em maio, a data-base da categoria e a recomposição nos salários dos trabalhadores. Sem falar que temos também alta do gás. São situações que não temos como segurar, sem ter que repassar nos preços ao consumidor”, concluiu Aguayo.

O que resta o setor é fazer os cálculos e tentar reduzir o máximo de custos da empresa. “Já tem muita gente trabalhando com equipe reduzida e escolhendo trabalhar de manhã ou a noite. Mas infelizmente tem que repassar isso para os cardápios. Muitos vão repassar entre 8% e 10%”, ressaltou o presidente da AbraBar.

Home office
A pandemia trouxe outra situação que tem influenciado no desempenho de bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas: o home office. “A manutenção dos trabalhadores em suas casas virou praticamente uma política das empresas para reduzir custos”.

“Então, muitos locais que tinham uma circulação de pessoas hoje não têm mais, o que prejudicou nossa categoria porque os restaurantes dependiam dessa movimentação”. Para Aguayo, é muito importante que haja uma compreensão do cliente com todas estas situações. “Vamos tentar fazer o máximo para não ter um reajuste altos nos preços, para que possamos absorver essa situação”.

No Paraná, Abrabar vence mais uma batalha e anula na Justiça multas e notificações genéricas

Entidade representativa da gastronomia e entretenimento derrubou penalizações; Setor se prepara para a Caminhada da Reparação dia 24

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) garantiu na Justiça uma importante vitória contra as notificações genéricas que prejudicam o funcionamento dos estabelecimentos associados. As medidas, adotadas em virtude da nova lei municipal de punição e enfrentamento à Covid-19, foram derrubadas.

As situações, de acordo com o presidente Fábio Aguayo, em muitas das vezes são arbitrárias e subjetivas, com a completa falta de bom senso. Este tipo de atitude, na maioria dos casos, é um claro abuso de autoridade dos fiscais municipais contra o setor, disse.

“Sorte que temos a Justiça para nos defender e salvar das barbaridades da fiscalização”, ressaltou o presidente da Abrabar. Em novembro de 2020, o Juízo da 2ª Vara da Fazenda de Curitiba concedeu à entidade liminar para suspender algumas notificações lavradas pela municipalidade de forma genérica.

Na decisão, ficou determinando que os fiscais da Prefeitura descrevessem os fatos de forma pormenorizada, nas autuações que fossem lavradas a partir daquela data. De acordo com a advogada da entidade, Vanessa Grassi, alguns autos de infração – agora com imposição de multas, em virtude da Lei 15799/21 – continuam sendo aplicados com descrição absolutamente genérica.

Como exemplo, a causídica cita anotações do tipo “EXERCÍCIO DE ATIVIDADE DE BAR”, sem descrever o que entendem os fiscais ser atividade de bar e o que se difere tal atividade de lanchonetes e restaurantes, por exemplo. Nesse sentido, novas autuações impostas aos associados da Abreabar têm sido suspensas pelo Magistrado, por estarem em desconformidade com a liminar concedida.

Reação
O presidente conclama os empresários do setor a se associarem e utilizarem nosso jurídico da entidade, capitaneado nesta ação pela advogada Vanessa Grassi. A intenção é garantir aos associados um instrumento de defesa contra injustiças que estão sendo causadas em algumas fiscalizações.

“Nosso intuito é preservar os empregos e a empresa que vive momento delicado pela sobrevivência do negócio”, ressaltou Aguayo.

Sem entraves
De acordo com o presidente, é importante deixar claro às autoridades que o intuito da Abrabar não é impor entraves à fiscalização e mesmo à punição dos estabelecimentos que realmente estiverem descumprindo as normas sanitárias de combate ao Covid-19.

“Mas sim garantir aos associados o entendimento dos motivos das autuações, as correções das condutas e, acima de tudo, o contraditório e a ampla defesa, direitos constitucionalmente garantidos”, explicou. A intenção é “preservar os empregos e as empresas que vivem momento delicado, pela sobrevivência do negócio”.

Caminhada da Reparação do Setor
Desde o início da pandemia, as medidas adotadas pelos governos provocou a falência de 40% dos bares, 30% dos restaurantes, 75% das casas noturnas e de 70% a 80% das empresas de eventos, resultando no fechamento de milhares de empregos em todo o Estado.

A situação grave que atinge os estabelecimentos de gastronomia e entretenimento e empresas de eventos motivou os empresários a organizar, para o próximo dia 24 de fevereiro (quarta-feira), uma “Caminhada da Reparação do Setor”. O ato, organizado por várias entidades, terá mobilizações simultâneas nas principais cidades do Paraná.

Em Curitiba, a concentração começa às 15h na Praça 19 de Dezembro, a famosa Praça do Homem Nú, no Centro Cívico da capital. Os últimos ajustes do evento serão definidos na segunda-feira (22), a partir das 10h em reunião com representantes no Babilônia.

Abrabar e SindiAbrabar esclarecem sobre as atividades de bares no decreto da pandemia

Atividades típicas de bar, com consumo de bebidas alcoólicas sem alimentação, aglomeração e pessoas em pé, estão proibidas

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar) esclareceram, em nota à categoria e aos veículos de comunicação, sobre o funcionamento de bares que tenham autorização em alvará para exercer atividades secundárias (CNAE), como lanchonete e restaurante, sob a égide do Decreto 1600/20.

Está proibida a prática de atividades típicas de bar, com consumo de bebidas alcoólicas sem nenhum tipo de alimentação, com aglomeração de pessoas, clientes de pé em balcão e/ou descumprimento das demais regras determinadas pelo Decreto, informa Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

Os estabelecimentos que possuam autorização secundária/CNAE para operarem como restaurantes ou lanchonetes poderão funcionar exclusivamente nestas modalidades, desde que respeitadas as demais normas e medidas sanitárias para o enfrentamento da pandemia, como a Resolução Municipal nº 1/20.

Amparo judicial

Conforme medidas liminares concedidas anteriormente nas cidades de Curitiba e Londrina, por impetração de mandados de segurança pela Abrabar, as autoridades sanitárias não poderão impedir que bares que possuam legalmente autorização para desempenharem a atividade secundária de restaurante e lanchonete o façam, ressaltando-se que a comercialização de bebidas alcoólicas não está proibida, desde que sempre acompanhada com um lanche ou uma refeição.

Esclarecemos, porém, que as decisões liminares não impedem que as autoridades adotem as providências legais pertinentes em face de bares que desenvolvam sua atividade principal, qual seja, o serviço exclusivo de bebidas ou em desacordo com as normas sanitárias e de saúde pública ou, ainda, sem a devida autorização para o desempenho da atividade secundária em comento.

Justiça concede liminar a Abrabar e suspende notificações de bares com justificativa genérica

Sem especificações das normas previstas nos decretos, fica comprometida a defesa ampla dos estabelecimentos autuados

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar) garantiu uma importante vitória na Justiça na última semana. O Juiz Marcelo de Resende Castanho, do Poder Judiciário da 2ª Vara da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, acatou Mandado de Segurança da entidade e suspendeu as notificações de bares e restaurantes feitas com justificativas genéricas.

De acordo com a liminar, estão suspensas todas as notificações durante a pandemia Covid-19, sem o detalhamento. Fica a autoridade impetrada (Prefeitura) e seus fiscais, obrigados a fazer “a descrição dos fatos, de maneira pormenorizada, indicando de forma precisa a conduta praticada pelo estabelecimento autuado que seria violadora da norma invocada e que daria ensejo à lavratura do respectivo auto de infração”.

A Abrabar ingressou com o mandado tendo em vista que diversos associados relataram ter recebido notificações, durante visitas dos fiscais da Prefeitura no combate ao coronavírus, ou auto de infrações totalmente genéricos. “Eles recebiam os autos que só mencionava os dispositivos de lei”, disse o presidente Fábio Aguayo.

Ao impetrar o mandado, a entidade citou entre os exemplos um caso em que os fiscais paralisaram as atividades de um bar por não atender as determinações das resoluções número 1 de 2020, decreto 470/2020, etc. “Em nenhum momento descreviam qual era a conduta do estabelecimento que estava descumprindo a lei”. 

Generalizações

Os decretos tem várias determinações, como álcool em gel que deve ser fornecido ao cliente, distanciamento entre mesas, utilização obrigatória de máscara pelos clientes e pelos funcionários. “Ou seja, são normas que cabem a todos, só que quando o fiscal faz uma autuação ou notificação orientativa e determina que eles apresentem a defesa, o associado tem direito de poder fazer uma ampla defesa”.

“Como ele vai se defender de forma ampla se a própria notificação ou mesmo o auto de infração descreve de forma genérica as condutas?”, indaga o presidente. De acordo com ele, muitos associados procuraram a Abrabar perguntan o que fazer, como escrever sua defesa, mesmo estando cumprindo tudo. 

“Pode até ser que o associado não estava cumprindo tudo, mas ele tem que saber exatamente qual a conduta tem que adotar para não ser autuado novamente, não receber multa e não ter cassação de alvará”, explica a entidade.

Entendimento

De acordo com a Abrabar, nesse sentido o juiz Marcelo Resende acolheu a liminar e determinou a suspensão das notificações. Ao todo, cinco estabelecimentos ingressaram com o mandado de segurança. “A partir de agora, os fiscais da Prefeitura terão que fazer pormenorizada dos atos e dos fatos que estão sendo objeto de fiscalização e irregularidades”, afirma.

Ainda segundo Fábio Aguayo, o pedido de liminar não significa que a Abrabar não queira que os associados sejam fiscalizados ou autuados. “O que eles tem é um direito de ampla defesa e uma defesa administrativa ou judicial, não importa, você tem que ter todos os dados a sua disposição, não adiantar dizer que está descumprindo normas de um decreto”, completou.

No Paraná, entidades criam guia de restaurantes e bares que oferecem espaços ao ar livre

Abrabar e SindiAbrabar divulgam links para empresários preencher cadastro ou listas vender objetos para vender após fecharem estabelecimentos

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares (SindiAbrabar) querem facilitar a vida dos apaixonados por bares, cafés, lanchonetes e restaurantes, que procuram espaços amplos ao ar livre e arejados. As entidades criaram um guia de estabelecimentos que se enquadram nas recomendações sanitárias para evitar a proliferação da Covid-19.

Nas últimas semanas, lembram Abrabar e SindiAbrabar, houve uma queda expressiva nos índices negativos da pandemia, resultando no retorno gradual das atividades de gastronomia e entretenimento. Com isto, os frequentadores tem retornado aos ambientes do setor, mas em ritmo lento.

As entidades tem sido procuradas para informações de locais com espaços amplos e áreas abertas ou ar livre, como jardinetes, decks, mesas e cadeiras nas calçadas. O guia, segundo o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi, será uma ferramenta de facilitação aos turistas e clientes habituais da categoria, que querem encontrar os ambientes que lhe agradam.

Os estabelecimento interessados em integrar o guia poderão se inscrever clicando AQUI, e relacionar os tipos de espaços ao ar livre que possuem.

Bares listados
As entidades já possuem alguns estabelecimentos catalogados, como Bom Scoth Bar que dipõe de um deck amplo, Paraguassu Grelhados e Seu Prudente com mesas e cadeiras nas calçadas e o Bar Quermesse com um espaço deck amplo.

Também integram o guia o Choripan, que tem área livre na calçada e deck amplo, o Zapata Mexican Bar com deck amplo, o Espaço Deposito com jardinete e deck, Bar do Largo com deck amplo no Parque Barigui, Serviço Ca’dore com área livre e deck, Souq Gastronomia e Entretenimento e Mercado Sal, ambos com decks amplos.

Brechó
As entidades criaram na última semana um brechó virtual de facilitação para empresários do setor que fecharam e querem vender o que sobrou dos estabelecimentos (bar, restaurante, lanchonete, pizzaria ou casa noturna) e dos clientes apaixonados por bares que estão em busca de um souvenir ou mesmo um móvel para a residência.

Para participar, o empresário deverá clicar AQUI e informar os objetos que pretende vender. A intenção, segundo a Abrabar e o SindiAbrabar, é dar uma aliviada no caixa dos empresários do setor, que foi obrigado a fechar as portas dos estabelecimentos devido as medidas restritivas da pandemia.

Em ambos os serviços, as entidades estão cadastrando os estabelecimentos. Na sequência será criado um site com as informações dos ambientes e dos objetos que serão para venda, adiantam Abrabar e SindiAbrabar.

Abrabar comemora a liberação para bares e casas noturnas e buffets de autoatendimento em Curitiba

Novas regras permitiram bares com música ao vivo, sem pista de dança e pequenos eventos com até 50 pessoas, informa Abrabar

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) comemorou a publicação do decreto que manteve a Bandeira Amarela e permitiu o retorno de bares, restaurantes, casas noturnas e dos buffets de autoatendimento (self-service) em Curitiba. A medida permitiu, já no feriado prolongado da Padroeira do Brasil, a volta da música ao vivo e dos pequenos eventos com até 50 pessoas.

“Isso é uma luta da Abrabar, incansável nestes últimos meses”, ressaltou o presidente Fábio Aguayo, em vídeo aos empreendedores do setor. “Sabemos que as coisas não estão boas ainda, a pandemia está aí e temos que manter os protocolos, os procedimentos e todos os cuidados. Mas já é um pequeno passo”, analisou.

Daqui para frente, de acordo com Aguayo, “vamos tentando avançar conscientemente, para não regredir lá na frente. Sabemos que estamos perto da eleição, muita coisa está em jogo, mas o que vale agora é bom senso e razoabilidade”, destacou o presidente da Abrabar. Que completou: “Vamos juntos nesta luta”.

Cenário favorável
A edição do novo decreto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, foi possível devido aos números bastante favoráveis no enfrentamento à Covid-19, doença do novo Coronavírus. A taxa geral de ocupação dos leitos exclusivos para casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 na cidade estava em 66% no final de semana.

De acordo com a prefeitura, a liberação de algumas atividades foi possível graças à queda nos números de diagnósticos da Covid-19 e óbitos na capital. O número de casos confirmados da doença chegou a 46.775 e o total de mortes em Curitiba estava em 1.355.

Do início de setembro até o momento, de acordo com a Prefeitura, estão sendo registradas, em média, 50 mortes por semana. Nos meses de julho e agosto, eram em média 100 óbitos por semana. Os casos confirmados do novo coronavírus caíram 49% entre o início de agosto e o final de setembro, conforme a prefeitura.

Os indicadores são os de maior peso no cálculo da bandeira, segundo a administração municipal, entre os seis que compõem o grupo que mede o nível de propagação da doença.

Flexibilização
As medidas do novo decreto permitem a volta de atividades, desde que exijam o uso de máscaras nos estabelecimentos, com até 50 pessoas, e forneçam álcool gel aos clientes. É necessário o setor observar as medidas de distanciamento de 1,5 metros entre as pessoas.

Estão autorizadas as atividades comerciais de rua não essenciais, galerias e centros comerciais, que podem abrir todos os dias, das 10h às 20h. Os shopping centers podem abrir todos os dias, das 11h às 22h.

Os restaurantes e lanchonetes também podem abrir todos os dias, das 6h às 23h, inclusive na modalidade de atendimento de buffets no sistema de autosserviço. Está permitida música ao vivo, mas sem pista de dança. Os bares podem abrir todos os dias da semana, das 6h às 23h. Está permitida música ao vivo, mas sem pista de dança.

Abrabar e SindiAbrabar alertam para armadilha com fotos de alimentos em aplicativos de delivery

Um único escritório de advocacia ingressou com mais de 500 ações que somam R$ 15 milhões em juizado bancado pelo poder público

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares (SindiAbrabar) alertam os empresários do setor gastronômico, para uma armadilha com o uso de fotos de alimentos em aplicativos de delivery que está aumentando o rombo financeiro dos estabelecimentos neste período de pandemia da Covid-19.

De acordo com as entidades, alguns escritórios de advocacia estão se aproveitando dos reflexos da pandemia e se valendo dos Juizados Especiais Cíveis para se especializar em ingressar com ações na casa de R$ 30 mil reais contra empresários que utilizaram fotos de mecanismo de busca para cadastro de seus produtos nos aplicativos de entrega.

Muitos pequenos empreendedores, em razão das restrições desmedidas impostas pelo poder público se viram obrigados, da noite para o dia, a realizar cadastro em sistemas de delivery para pagar suas contas, manter seus negócios e suas famílias, explica Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

“Não bastassem as condições dos referidos aplicativos, que ficam com uma significativa parte da venda dos alimentos, não é justo que agora o empreendedor do ramo se veja vítima de uma verdadeira indústria estabelecida principalmente no uso abusivo de uma justiça subsidiada pelo poder judiciário”, ressaltou Aguayo.

Representantes do setor gastronômico no Tribunal de Justiça do Paraná

Montante do rombo
Só para ter uma ideia da gravidade da situação, as entidades revelam que até o momento, apenas um único escritório de advocacia, ingressou com mais de 500 ações, cujo valor somado chega próximo a R$ 15 milhões, valendo-se do sistema de Juizados, subsidiado pelo poder público.

Assediados, muitos empresários, do já combalido setor, acabam sendo obrigados a fazer acordos de R$ 3 mil à R$ 7 mil, explica o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi. “Os custos para o judiciário não foram calculados, mas se considerarmos apenas as cartas de citações expedidas, estima-se que o valor gire em torno de R$ 20 mil”, disse.

De acordo com uma estimativa projetada pelo Jurídico do SindiAbrabar, se levarmos em conta o uso da estrutura – salários de juízes, conciliadores e carga horária de servidores, a cifra pode chegar facilmente aos R$ 300 mil em recursos públicos, “utilizados para as questionáveis ações dirigidas contra os empresários do setor”, completa Grassi.

Indústria de ações
O advogado Jorge Augusto Derviche Casagrande, que representa o setor gastronômico através da Abrabar e do SindiAbrabar, disse que no momento, o papel das entidades é o de disponibilizar subsídios jurídicos para que os associados e seus advogados promovam sua defesa nas referidas demandas.

“Enquanto isso, busca-se uma uma solução institucional, mesmo porque nos parece errado que o Judiciário do Paraná tenha drenados seus recursos para servir ao sistema de Juizados Especiais, subsidiados pelo poder público, para servir a uma recém estabelecida indústria direcionada a açoitar ainda mais um já combalido setor”, disse Derviche Casagrande.

O jurista, que milita há mais de 10 anos em defesa dos empreendedores, diz que a interposição de centenas de demandas replicadas direcionadas a um setor, com fundamentos discutíveis, constitui uma advocacia danosa e estranha aos valores e missão da advocacia.

No TJ-PR
A questão envolvendo a armadilha das fotos utilizadas nos aplicativos de delivery e a avalanche de ações contra o setor, já é de conhecimento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A situação foi comunicada ao presidente do órgão, desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, que recebeu representantes da gastronomia em audiência nesta quarta-feira (07).

“Relatamos ao desembargador Xisto Pereira, da existência de um único escritório especializado apenas em tomar conta desta questão, atrapalhando o trâmite no judiciário dos verdadeiros processos. O direito autoral tem que ser respeitado, mas não pode ser usado para uma armadilha”, ressaltou Fábio Aguayo.

A Abrabar e o SindiAbrabar estarão à disposição dos associados para fazer a defesa, em uma parceria com o escritório Casagrande Advocacia e Consultoria Jurídica Empresarial, que trabalhará em conjunto com profissionais da área de propriedade intelectual, para atender e dar orientações a seus associados e seus advogados.

Os contatos podem ser feitos pelo telefone (41) 3045-1546, whatsapp (41) 99826-0108, no email contato@casagrande.adv.br, ou fisicamente na Avenida Iguaçu, 2820, Sala 905, Água Verde, Cidade de Curitiba, Paraná.

Fotos: Divulgação

Volta da Bandeira amarela em Curitiba é vitória do bom senso, afirma Abrabar

Setor de gastronomia e entretenimento estava há 20 dias com restrições de funcionamento devido a bandeira laranja

Curitiba retomou, neste domingo (27), o sistema de bandeira amarela dentro da estratégia de combate a propagação da Covid-19, infecção provocada pelo novo Coronavírus. Os efeitos do decreto da bandeira laranja, com restrições mais rígidas, ocorreu um dia antes do previsto, que seria nesta segunda-feira (28).

A decisão da Prefeitura de Curitiba de antecipar em um dia a volta da bandeira amarela, anunciada na sexta-feira (25), “foi uma questão de bom senso e razoabilidade”. A avaliação é de Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

A entidade, que na última semana fez um apelo para a não renovação da bandeira laranja, lembra o exemplo de Londrina, que mostrou que pode ser feito tudo com bom senso. “Aqui em Curitiba mais uma vez prevaleceu isto”, ressaltou o presidente. 

“Ficamos muito felizes com isto, porque vai ajudar muito os empresários do nosso setor, especialmente os restaurantes do bairro gastronômico de Santa Felicidade, as feiras e outras atividades econômicas”, ressaltou Aguayo. “São os empregos que temos que manter”, reforçou.

A Abrabar, de acordo com o presidente, vem acompanhando o avanço do vírus e a ocupação da estrutura de saúde pública de Curitiba. “Sabemos que baixaram as internações da Covid-19 e é isto que temos que trabalhar daqui para a frente, com índices bons e responsabilidade”, completou.

Contexto

A decisão de voltar à bandeira amarela, que permite a reabertura com segurança das atividades econômica, foi definida na última sexta pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Prefeitura de Curitiba. 

A secretária de Saúde, Márcia Huçulak, explicou que a a decisão teve como base a avaliação semanal dos nove indicadores que medem a capacidade de resposta do sistema de saúde para o enfrentamento da Covic-19, que apontou para a situação de alerta depois de a cidade permanecer na bandeira laranja (risco médio) por 20 dias.

As novas medidas, expressas no Decreto 1270/2020, têm validade de 14 dias. Com a mudança de bandeira, todas as atividades que estavam suspensas puderam ser retomadas, como supermercados, restaurantes e shoppings. As multas, para quem não cumprir as normas sanitárias, variam de R$ 232,92 a R$ 8.336,08.

Abrabar pede que Curitiba siga exemplo de Londrina e libere bares e pequenos eventos

Prefeitura vai decidir no final de semana se renova ou não a bandeira Laranja, que restringe atividades de gastronomia e entretenimento

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) fez um apelo nesta sexta-feira (25), para que a Prefeitura de Curitiba siga o exemplo de Londrina, que não irá renovar o decreto da Lei Seca e autorizar a reabertura dos bares e ampliar o horário de atendimento dos shoppings centers. A flexibilização atendeu pauta do setor de gastronomia e entendimento local.

O apelo é frente a renovação ou não, durante o final de semana, do decreto de restrição durante a pandemia Covid-19. “Esperamos que a Prefeitura de Curitiba tenha o mesmo bom senso que a cidade de Londrina, que não renove a bandeira Laranja, deixe a bandeira Amarela ditar daqui para a frente os nossos rumos”, ressaltou Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

De acordo com ele, é preciso liberar também a música ao vivo nos ambientes, deixando os empresários ter pelo menos a paz da segurança jurídica para trabalhar. “Já perdemos centenas de empregos, tivemos várias falências”. 

“Temos que ter esta liberdade de trabalho, não aguentamos mais esta crise que está gerando tanto desconforto na vida de milhares de empresários e trabalhadores”, disse. De acordo com Aguayo, o setor sabre da necessidade de conciliar saúde com a economia. 

“Mas neste momento, a economia está sendo muito importante, por que as sequelas serão muito maiores no pós-Covid-19”, afirmou. 

Exemplo de Londrina

Aguayo destacou o compromisso assumido hoje pelo prefeito de Londrina, Marcelo Belinatti, em uma live pela manhã. Além de não renovar o decreto da Lei Seca, a Prefeitura vai autorizar o comércio a funcionar das 10h às 10h de segunda a sexta e aos sábados das 9h às 13. 

Já os shoppings, como solicitado pela Abrabar e representantes do setor durante reunião com o secretário municipal de Saúde, Felipe Machado durante a semana, poderão atender das 11h às 22h de segunda a sábado e os bares de rua até às 22h.

De acordo com Aguayo, é louvável a decisão da Prefeitura de retornar, “não a normalidade”, mas retornar o funcionamento dos bares sem a Lei Seca, sem as limitações que estavam provocando sérios danos na sobrevivência dos estabelecimentos. “Todos sabem que nosso setor depende muito da venda de bebida alcoólica, até por que faz parte do orçamento”. 

Margem de segurança

Importante, segundo ele, que a Prefeitura respeitou os dados técnicos e o bom senso, pois a cidade está numa margem de segurança para liberar. “E o mais importante, das pautas que encaminhamos, ampliou o horário de funcionamento dos shoppings, vai padronizar a fiscalização nos estabelecimentos e vamos com isto, a partir de agora, tentar conscientizar a população a respeitar nossos espaços”. 

Aguayo mandou um recado. Segundo ele, os empresários sérios vão cumprir isto os protocolos. “Agora, quem não quer trabalhar de acordo com a legislação, que não abra, não atrapalhe a categoria. Os 14 dias foram danosos para o nosso setor, perdemos muitos empregos e esperamos que daqui para a frente não tenhamos mais este retrocesso”, completou.

Empresários usam ônibus em protesto na prefeitura de Curitiba para cobrar a reabertura e lembrar 6 meses de Pandemia

“Andar em ônibus lotado pode, ir no bar não pode” e “ir ao restaurante é mais seguro que andar de ônibus” foram algumas das frases entonadas

Donos de bares, restaurantes e casas noturnas promoveram um protesto diferente nesta quinta-feira (17), dia em que completou seis meses o primeiro decreto da pandemia do novo Coronavírus, que fechou o comércio em todo Estado. Eles lotaram um ônibus e circularam em torno da Prefeitura de Curitiba, criticando a restrição de funcionamento, enquanto veículos do transporte coletivo circulam lotados.

A ideia dos organizadores da manifestação foi marcar os seis meses da pandemia e denunciar a perseguição e discriminações contra o setor. Neste período, mais de 40% dos estabelecimentos fecharam as portas, dispensando pelo menos 35% da mão de obras. A escolha do ônibus simboliza a falta de bom-senso da administração municipal por permitir que o transporte público funcione, muitas vezes com lotações, enquanto que os bares e restaurantes não. 

Os participantes do ato carregavam faixas com palavras como “Ir ao Restaurante é mais seguro que andar de ônibus”; “Não marginalizem quem quer trabalhar, pagar impostos e gerar empregos” e “Ônibus lotado pode”. De acordo com eles, enquanto o sistema de transporte coletivo da capital, mesmo recebendo recursos públicos extras durante a crise da Covid-19, mantem coletivos lotados em circulação. 

Enquanto isso, o comércio enfrentam restrições de funcionamento, disparou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar), Fabio Aguayo. A categoria, de acordo com ele, cobra um planejamento do retorno da liberação de música ao vivo e a extensão do horário de funcionamento dos bares e restaurantes. “Não podemos pagar essa conta sozinhos”, ressaltou.

Além da Abrabar, outras entidades sae somaram a manifestação, como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR); Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar); Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (SindiProm) e a Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo).

Em Londrina

Além de defender melhorias para trabalhar em Curitiba, as entidades cobram da prefeitura de Londrina, mais flexibilização e a não renovação do decreto de Lei Seca na cidade. Representantes da categoria se reuniram com o secretário municipal de saúde, Felippe Machado, para amenizar as medidas restritivas que proibiram a abertura dos bares por 14 dias. 

Fábio Aguayo esteve na cidade na quarta-feira (16) para saber os motivos técnicos que obrigaram fechar os bares na cidade. “É uma discriminação. Não é possível um setor como o nosso, ser tratado dessa maneira”, declarou. Os donos de bares e restaurantes já fizeram dois protestos em Londrina e a Abrabar entrou na Justiça para que seja suspenso o decreto que restringe o comércio.