Abrabar e SindiAbrabar esclarecem sobre as atividades de bares no decreto da pandemia

Atividades típicas de bar, com consumo de bebidas alcoólicas sem alimentação, aglomeração e pessoas em pé, estão proibidas

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar) esclareceram, em nota à categoria e aos veículos de comunicação, sobre o funcionamento de bares que tenham autorização em alvará para exercer atividades secundárias (CNAE), como lanchonete e restaurante, sob a égide do Decreto 1600/20.

Está proibida a prática de atividades típicas de bar, com consumo de bebidas alcoólicas sem nenhum tipo de alimentação, com aglomeração de pessoas, clientes de pé em balcão e/ou descumprimento das demais regras determinadas pelo Decreto, informa Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

Os estabelecimentos que possuam autorização secundária/CNAE para operarem como restaurantes ou lanchonetes poderão funcionar exclusivamente nestas modalidades, desde que respeitadas as demais normas e medidas sanitárias para o enfrentamento da pandemia, como a Resolução Municipal nº 1/20.

Amparo judicial

Conforme medidas liminares concedidas anteriormente nas cidades de Curitiba e Londrina, por impetração de mandados de segurança pela Abrabar, as autoridades sanitárias não poderão impedir que bares que possuam legalmente autorização para desempenharem a atividade secundária de restaurante e lanchonete o façam, ressaltando-se que a comercialização de bebidas alcoólicas não está proibida, desde que sempre acompanhada com um lanche ou uma refeição.

Esclarecemos, porém, que as decisões liminares não impedem que as autoridades adotem as providências legais pertinentes em face de bares que desenvolvam sua atividade principal, qual seja, o serviço exclusivo de bebidas ou em desacordo com as normas sanitárias e de saúde pública ou, ainda, sem a devida autorização para o desempenho da atividade secundária em comento.

Justiça concede liminar a Abrabar e suspende notificações de bares com justificativa genérica

Sem especificações das normas previstas nos decretos, fica comprometida a defesa ampla dos estabelecimentos autuados

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar) garantiu uma importante vitória na Justiça na última semana. O Juiz Marcelo de Resende Castanho, do Poder Judiciário da 2ª Vara da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, acatou Mandado de Segurança da entidade e suspendeu as notificações de bares e restaurantes feitas com justificativas genéricas.

De acordo com a liminar, estão suspensas todas as notificações durante a pandemia Covid-19, sem o detalhamento. Fica a autoridade impetrada (Prefeitura) e seus fiscais, obrigados a fazer “a descrição dos fatos, de maneira pormenorizada, indicando de forma precisa a conduta praticada pelo estabelecimento autuado que seria violadora da norma invocada e que daria ensejo à lavratura do respectivo auto de infração”.

A Abrabar ingressou com o mandado tendo em vista que diversos associados relataram ter recebido notificações, durante visitas dos fiscais da Prefeitura no combate ao coronavírus, ou auto de infrações totalmente genéricos. “Eles recebiam os autos que só mencionava os dispositivos de lei”, disse o presidente Fábio Aguayo.

Ao impetrar o mandado, a entidade citou entre os exemplos um caso em que os fiscais paralisaram as atividades de um bar por não atender as determinações das resoluções número 1 de 2020, decreto 470/2020, etc. “Em nenhum momento descreviam qual era a conduta do estabelecimento que estava descumprindo a lei”. 

Generalizações

Os decretos tem várias determinações, como álcool em gel que deve ser fornecido ao cliente, distanciamento entre mesas, utilização obrigatória de máscara pelos clientes e pelos funcionários. “Ou seja, são normas que cabem a todos, só que quando o fiscal faz uma autuação ou notificação orientativa e determina que eles apresentem a defesa, o associado tem direito de poder fazer uma ampla defesa”.

“Como ele vai se defender de forma ampla se a própria notificação ou mesmo o auto de infração descreve de forma genérica as condutas?”, indaga o presidente. De acordo com ele, muitos associados procuraram a Abrabar perguntan o que fazer, como escrever sua defesa, mesmo estando cumprindo tudo. 

“Pode até ser que o associado não estava cumprindo tudo, mas ele tem que saber exatamente qual a conduta tem que adotar para não ser autuado novamente, não receber multa e não ter cassação de alvará”, explica a entidade.

Entendimento

De acordo com a Abrabar, nesse sentido o juiz Marcelo Resende acolheu a liminar e determinou a suspensão das notificações. Ao todo, cinco estabelecimentos ingressaram com o mandado de segurança. “A partir de agora, os fiscais da Prefeitura terão que fazer pormenorizada dos atos e dos fatos que estão sendo objeto de fiscalização e irregularidades”, afirma.

Ainda segundo Fábio Aguayo, o pedido de liminar não significa que a Abrabar não queira que os associados sejam fiscalizados ou autuados. “O que eles tem é um direito de ampla defesa e uma defesa administrativa ou judicial, não importa, você tem que ter todos os dados a sua disposição, não adiantar dizer que está descumprindo normas de um decreto”, completou.

Abrabar recebe a iFood e conversa com autores de projetos de leis para regulamentar o Delivery

Atividade movimenta R$ 17 bilhões e emprega quatro milhões; Intenção é tornar o serviço seguro para empresários, trabalhadores e consumidores

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) vai receber, na segunda-feira (23), o iFood, o deputado estadual Delegado Fernando Francischini e o vereador de Curitiba, Tito Zeglin, autores de projetos de leis que regulamentam o serviço de entrega de comida pronta (Delivery). A atividade movimenta R$ 17 bilhões ao ano e mantém quatro milhões de empregos diretos e indiretos.

A reunião com representantes da plataforma e os parlamentares terá participação de empreendedores do setor, do Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar) e da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo).

A intenção é debater um termo de boas práticas que está sendo firmado com o iFood , com intuito de endereçar os interesses das empresas formalizadas e resguardar a saúde pública dos consumidores. A parceria prevê a implantação de medidas regulatórias visando a Segurança Alimentar para a atividade.

São previstos cursos para os empreendedores realizados pela Abrabar e empresas parceiras, e capacitação para moto entregadores, realizados por empresas parceiras do iFood .

A parceria entre Abrabar e iFood abordará incentivos ao setor para boas práticas em segurança alimentar, como Selo de Boas Práticas, capacitações, premiações e reconhecimentos. O documento, que será aperfeiçoado e servirá de base para para outras plataformas, traz ainda um estudo sobre o setor, informa Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

Gastronomia

Empresários e Micrompreendedores Individuais (MEIs) buscaram saídas nos deliverys de alimentação: o país registrou a ativação de 1,15 milhão de empresas. Destas, 21,5% voltadas aos APPs de entrega de comida, segundo dados da Receita Federal do segundo semestre de 2020.

“Mais de 70% dos membros de nossa categoria mantiveram seus negócios funcionando exclusivamente para o delivery durante a pandemia nas diversas plataformas”, ressalta Aguayo. Aqueles que se adaptaram, conseguiram manter de 50% a 70% do ritmo de vendas de 2019, conforme levantamento da ANR.

A maioria dos estabelecimentos passaram a ter nas plataformas de venda de alimentos a sua principal fonte de receita. A cada 100 empresas que abrem no setor, 81 são MEI.

Delivery

As principais plataformas possuem mais de 200 mil restaurantes parceiros em mais de mil cidades pelo Brasil. Com o serviço, restaurantes movimentam R$ 17 bilhões ao ano e mantém aproximadamente quatro milhões empregos diretos e indiretos no setor.

De março a agosto de 2020, o Delivery de Alimentação superou o Comércio Varejista e passou a ser a atividade com maior número de abertura de empresas no país. Foram mais de 352 mil, contra 339 mil varejista, segundo a RF. O formato de venda tem sido a principal fonte de renda de muitas famílias.

Do total de empresas abertas entre março e agosto de 2020, pouco mais de 75% foram MEI. Entre 26 setores analisados, o Delivery de Alimentação é o que possui o 10º maior percentual de MEIs.

Boas Práticas

A partir da parceria com a plataforma iFood, as entidades propõem a incorporação de pontos aos projetos de Franciscini e de Tito Zeglin. Entre eles estão previstos o compromisso contratual dos parceiros cadastrados nas plataformas e a consonância com a regulamentação federal.

O setor também propõe o descadastramento de estabelecimentos irregulares, transparência de informações e o apoio às boas práticas de segurança alimentar com os parceiros.

No Paraná, entidades criam guia de restaurantes e bares que oferecem espaços ao ar livre

Abrabar e SindiAbrabar divulgam links para empresários preencher cadastro ou listas vender objetos para vender após fecharem estabelecimentos

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares (SindiAbrabar) querem facilitar a vida dos apaixonados por bares, cafés, lanchonetes e restaurantes, que procuram espaços amplos ao ar livre e arejados. As entidades criaram um guia de estabelecimentos que se enquadram nas recomendações sanitárias para evitar a proliferação da Covid-19.

Nas últimas semanas, lembram Abrabar e SindiAbrabar, houve uma queda expressiva nos índices negativos da pandemia, resultando no retorno gradual das atividades de gastronomia e entretenimento. Com isto, os frequentadores tem retornado aos ambientes do setor, mas em ritmo lento.

As entidades tem sido procuradas para informações de locais com espaços amplos e áreas abertas ou ar livre, como jardinetes, decks, mesas e cadeiras nas calçadas. O guia, segundo o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi, será uma ferramenta de facilitação aos turistas e clientes habituais da categoria, que querem encontrar os ambientes que lhe agradam.

Os estabelecimento interessados em integrar o guia poderão se inscrever clicando AQUI, e relacionar os tipos de espaços ao ar livre que possuem.

Bares listados
As entidades já possuem alguns estabelecimentos catalogados, como Bom Scoth Bar que dipõe de um deck amplo, Paraguassu Grelhados e Seu Prudente com mesas e cadeiras nas calçadas e o Bar Quermesse com um espaço deck amplo.

Também integram o guia o Choripan, que tem área livre na calçada e deck amplo, o Zapata Mexican Bar com deck amplo, o Espaço Deposito com jardinete e deck, Bar do Largo com deck amplo no Parque Barigui, Serviço Ca’dore com área livre e deck, Souq Gastronomia e Entretenimento e Mercado Sal, ambos com decks amplos.

Brechó
As entidades criaram na última semana um brechó virtual de facilitação para empresários do setor que fecharam e querem vender o que sobrou dos estabelecimentos (bar, restaurante, lanchonete, pizzaria ou casa noturna) e dos clientes apaixonados por bares que estão em busca de um souvenir ou mesmo um móvel para a residência.

Para participar, o empresário deverá clicar AQUI e informar os objetos que pretende vender. A intenção, segundo a Abrabar e o SindiAbrabar, é dar uma aliviada no caixa dos empresários do setor, que foi obrigado a fechar as portas dos estabelecimentos devido as medidas restritivas da pandemia.

Em ambos os serviços, as entidades estão cadastrando os estabelecimentos. Na sequência será criado um site com as informações dos ambientes e dos objetos que serão para venda, adiantam Abrabar e SindiAbrabar.

TJ-PR nega pedido da Prefeitura de Londrina e mantém liminar da Abrabar

Bares que tenham no alvará autorização para atuar como lanchonete ou restaurante poderão continuar abrindo normalmente

O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, negou o pedido formulado pelo município de Londrina para suspensão da liminar que permitiu aos bares de Londrina cujos alvarás lhe permitam atuar nas atividades CNAE de “lanchonete” e/ou “restaurante”.

O direito aos estabelecimentos de atender a sua clientela “presencialmente”, mediante entrega em domicílio (delivery) ou retirada no local (take away/drive throug), foi conquistado após um Mandado de Segurança Coletivo apresentado pela Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), frente aos decretos restritivos da pandemia Covid-19.

“O TJ e a Justiça do Paraná têm sido o grande suporte para as atividades econômicas sobreviverem neste momento muito difícil”, disse o presidente da Abrabar Fábio Aguayo. “Se não fossem os julgamentos imparciais, as ações que impetramos, dentro da razoabilidade e bom senso, não teriam amparo”, completou ele, que participou em Londrina da luta dos empreendedores do setor.

Contexto

No pedido de suspensão da liminar, feito contra a Abrabar, a Prefeitura destacou os riscos de aglomeração de pessoas, longa permanência sem utilização de máscaras e, que por isto mesmo, a intenção seria “restringir o funcionamento dos estabelecimentos que possuem a atividade principal de ‘bar’ constante do seu alvará”, como forma de possibilitar a fiscalização do setor.

No despacho, o desembargador Xisto Pereira informa que Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público (MPPT) opinou pelo indeferimento do pedido de suspenção dos efeitos da liminar “por considerar que o município de Londrina não demostrou grave risco de lesão à saúde pública”.

Xisto Pereira lembra que a decisão liminar determinou expressamente que caberá aos estabelecimentos beneficiados  respeitar as medidas sanitárias e o horário de funcionamento para atendimento presencial e de abster-se de vender ou fornecer bebidas alcoólicas para consumo no local e em suas imediações, conforme consta nos decretos municipais.

Sem lesão

Para o desembargador, a simples alegação de que o Município terá dificuldades em realizar a fiscalização do cumprimento das medidas adotadas para a desaceleração da pandemia, em especial a restrição da venda de bebidas alcoólicas, “não se presta a concretizar a situação de grave lesão” exposta no artigo 4º, da Lei Federal nº 8.437/92.

“Ausente assim, a grave lesão à ordem, à saúde, à segurança ou à economia públicas, não se vislumbra fundamento suficiente para a medida de suspensão da tutela de urgência concedida pelo juízo de origem”, anotou no despacho. Que completou: “Nessas condições, indefiro o pedido de suspensão da decisão liminar”.

Volta da Bandeira amarela em Curitiba é vitória do bom senso, afirma Abrabar

Setor de gastronomia e entretenimento estava há 20 dias com restrições de funcionamento devido a bandeira laranja

Curitiba retomou, neste domingo (27), o sistema de bandeira amarela dentro da estratégia de combate a propagação da Covid-19, infecção provocada pelo novo Coronavírus. Os efeitos do decreto da bandeira laranja, com restrições mais rígidas, ocorreu um dia antes do previsto, que seria nesta segunda-feira (28).

A decisão da Prefeitura de Curitiba de antecipar em um dia a volta da bandeira amarela, anunciada na sexta-feira (25), “foi uma questão de bom senso e razoabilidade”. A avaliação é de Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

A entidade, que na última semana fez um apelo para a não renovação da bandeira laranja, lembra o exemplo de Londrina, que mostrou que pode ser feito tudo com bom senso. “Aqui em Curitiba mais uma vez prevaleceu isto”, ressaltou o presidente. 

“Ficamos muito felizes com isto, porque vai ajudar muito os empresários do nosso setor, especialmente os restaurantes do bairro gastronômico de Santa Felicidade, as feiras e outras atividades econômicas”, ressaltou Aguayo. “São os empregos que temos que manter”, reforçou.

A Abrabar, de acordo com o presidente, vem acompanhando o avanço do vírus e a ocupação da estrutura de saúde pública de Curitiba. “Sabemos que baixaram as internações da Covid-19 e é isto que temos que trabalhar daqui para a frente, com índices bons e responsabilidade”, completou.

Contexto

A decisão de voltar à bandeira amarela, que permite a reabertura com segurança das atividades econômica, foi definida na última sexta pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Prefeitura de Curitiba. 

A secretária de Saúde, Márcia Huçulak, explicou que a a decisão teve como base a avaliação semanal dos nove indicadores que medem a capacidade de resposta do sistema de saúde para o enfrentamento da Covic-19, que apontou para a situação de alerta depois de a cidade permanecer na bandeira laranja (risco médio) por 20 dias.

As novas medidas, expressas no Decreto 1270/2020, têm validade de 14 dias. Com a mudança de bandeira, todas as atividades que estavam suspensas puderam ser retomadas, como supermercados, restaurantes e shoppings. As multas, para quem não cumprir as normas sanitárias, variam de R$ 232,92 a R$ 8.336,08.

Abrabar pede que Curitiba siga exemplo de Londrina e libere bares e pequenos eventos

Prefeitura vai decidir no final de semana se renova ou não a bandeira Laranja, que restringe atividades de gastronomia e entretenimento

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) fez um apelo nesta sexta-feira (25), para que a Prefeitura de Curitiba siga o exemplo de Londrina, que não irá renovar o decreto da Lei Seca e autorizar a reabertura dos bares e ampliar o horário de atendimento dos shoppings centers. A flexibilização atendeu pauta do setor de gastronomia e entendimento local.

O apelo é frente a renovação ou não, durante o final de semana, do decreto de restrição durante a pandemia Covid-19. “Esperamos que a Prefeitura de Curitiba tenha o mesmo bom senso que a cidade de Londrina, que não renove a bandeira Laranja, deixe a bandeira Amarela ditar daqui para a frente os nossos rumos”, ressaltou Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

De acordo com ele, é preciso liberar também a música ao vivo nos ambientes, deixando os empresários ter pelo menos a paz da segurança jurídica para trabalhar. “Já perdemos centenas de empregos, tivemos várias falências”. 

“Temos que ter esta liberdade de trabalho, não aguentamos mais esta crise que está gerando tanto desconforto na vida de milhares de empresários e trabalhadores”, disse. De acordo com Aguayo, o setor sabre da necessidade de conciliar saúde com a economia. 

“Mas neste momento, a economia está sendo muito importante, por que as sequelas serão muito maiores no pós-Covid-19”, afirmou. 

Exemplo de Londrina

Aguayo destacou o compromisso assumido hoje pelo prefeito de Londrina, Marcelo Belinatti, em uma live pela manhã. Além de não renovar o decreto da Lei Seca, a Prefeitura vai autorizar o comércio a funcionar das 10h às 10h de segunda a sexta e aos sábados das 9h às 13. 

Já os shoppings, como solicitado pela Abrabar e representantes do setor durante reunião com o secretário municipal de Saúde, Felipe Machado durante a semana, poderão atender das 11h às 22h de segunda a sábado e os bares de rua até às 22h.

De acordo com Aguayo, é louvável a decisão da Prefeitura de retornar, “não a normalidade”, mas retornar o funcionamento dos bares sem a Lei Seca, sem as limitações que estavam provocando sérios danos na sobrevivência dos estabelecimentos. “Todos sabem que nosso setor depende muito da venda de bebida alcoólica, até por que faz parte do orçamento”. 

Margem de segurança

Importante, segundo ele, que a Prefeitura respeitou os dados técnicos e o bom senso, pois a cidade está numa margem de segurança para liberar. “E o mais importante, das pautas que encaminhamos, ampliou o horário de funcionamento dos shoppings, vai padronizar a fiscalização nos estabelecimentos e vamos com isto, a partir de agora, tentar conscientizar a população a respeitar nossos espaços”. 

Aguayo mandou um recado. Segundo ele, os empresários sérios vão cumprir isto os protocolos. “Agora, quem não quer trabalhar de acordo com a legislação, que não abra, não atrapalhe a categoria. Os 14 dias foram danosos para o nosso setor, perdemos muitos empregos e esperamos que daqui para a frente não tenhamos mais este retrocesso”, completou.

Londrina tem índices favoráveis para não renovação da ‘Lei Seca’, dizem entidades

Setor pede flexibilização das medidas para garantir a sobrevivência das empresas, manutenção de empregos e geração de impostos

A Prefeitura de Londrina não deve renovar o decreto da “Lei Seca” proibindo por 14 dias a partir de 11 de setembro a venda ou o fornecimento de bebidas alcoólicas para consumo no local e em imediações de qualquer estabelecimento. A cidade tem margem de segurança no enfrentamento a pandemia do coronavírus que permite a reabertura das atividades de gastronomia e entretenimento.

Em reunião com o secretário municipal de Saúde, Felipe Machado, representantes do setor ressaltaram a queda nos índices de transmissão, reconhecido pela Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). “Londrina tem uma ocupação média de 60% dos leitos de UTI, que mostra controle epidemiológico que dá margem de segurança para reabertura”, disse Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

As entidades lembra que, desde que o decreto foi publicado, não houve alteração significativa da média móvel de casos. Representantes da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e do G20 (que reúne empresários da categoria) também participaram do encontro com o secretário.

Na ocasião, demonstraram os impactos que a restrição de horário e da capacidade de atendimento provocou no setor, bem como pediram a dilação do horário de atendimento até às 23h59. O estudo faz um comparativo, em três cenários, de antes das medidas adotadas na pandemia com o cenário atual.

Em relação ao número de funcionários, no caso de um estabelecimento com oito colaboradores e 100% da capacidade, o número de funcionários cai pela metade ao reduzir o atendimento a 50% e para dois (um quarto do normal) com 34% da capacidade. Os valores são hipotéticos, mas permitem comparar e avaliar os impactos das medidas.

A mesma proporção dos funcionários é medida na demonstração de faturamento da empresa, arrecadação de impostos entre outros. O lucro do empresário, que na análise inicial era 13.250, caiu para -8.375 e -15.511 com 50% e 34% da capacidade, respectivamente.

Shoppings
As entidades também defendem a ampliação de atendimento dos shoppings centers de segunda a sábado entre 11 e 22h, aos domingos entre 11 e 20h. As estruturas, que já tem controle de acesso de pessoas e protocolos sanitários, abrigam em média 170 estabelecimentos relacionados a restaurantes e praça de alimentação, que contratam aproximadamente dois mil colaboradores.

Fiscalização uniforme
No documento entregue ao secretários, os empreendedores se comprometem com medidas de combate a pandemia adotadas pela municipalidade. Também solicitam a uniformidade na fiscalização geral do horário de fechamento dos estabelecimentos, considerando uma tolerância de 30 minutos do fim das vendas e saída dos clientes.

O setor sugere ainda uma campanha de conscientização com compromisso de participação da categoria. Serão promovidas ações como Blitzes Educativas para não dirigir sob efeito de álcool, Diga sim ao CNPJ e não ao Clandestino e Diga sim a Fiscalização.

Empresários usam ônibus em protesto na prefeitura de Curitiba para cobrar a reabertura e lembrar 6 meses de Pandemia

“Andar em ônibus lotado pode, ir no bar não pode” e “ir ao restaurante é mais seguro que andar de ônibus” foram algumas das frases entonadas

Donos de bares, restaurantes e casas noturnas promoveram um protesto diferente nesta quinta-feira (17), dia em que completou seis meses o primeiro decreto da pandemia do novo Coronavírus, que fechou o comércio em todo Estado. Eles lotaram um ônibus e circularam em torno da Prefeitura de Curitiba, criticando a restrição de funcionamento, enquanto veículos do transporte coletivo circulam lotados.

A ideia dos organizadores da manifestação foi marcar os seis meses da pandemia e denunciar a perseguição e discriminações contra o setor. Neste período, mais de 40% dos estabelecimentos fecharam as portas, dispensando pelo menos 35% da mão de obras. A escolha do ônibus simboliza a falta de bom-senso da administração municipal por permitir que o transporte público funcione, muitas vezes com lotações, enquanto que os bares e restaurantes não. 

Os participantes do ato carregavam faixas com palavras como “Ir ao Restaurante é mais seguro que andar de ônibus”; “Não marginalizem quem quer trabalhar, pagar impostos e gerar empregos” e “Ônibus lotado pode”. De acordo com eles, enquanto o sistema de transporte coletivo da capital, mesmo recebendo recursos públicos extras durante a crise da Covid-19, mantem coletivos lotados em circulação. 

Enquanto isso, o comércio enfrentam restrições de funcionamento, disparou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar), Fabio Aguayo. A categoria, de acordo com ele, cobra um planejamento do retorno da liberação de música ao vivo e a extensão do horário de funcionamento dos bares e restaurantes. “Não podemos pagar essa conta sozinhos”, ressaltou.

Além da Abrabar, outras entidades sae somaram a manifestação, como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-PR); Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba (SindiAbrabar); Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (SindiProm) e a Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo).

Em Londrina

Além de defender melhorias para trabalhar em Curitiba, as entidades cobram da prefeitura de Londrina, mais flexibilização e a não renovação do decreto de Lei Seca na cidade. Representantes da categoria se reuniram com o secretário municipal de saúde, Felippe Machado, para amenizar as medidas restritivas que proibiram a abertura dos bares por 14 dias. 

Fábio Aguayo esteve na cidade na quarta-feira (16) para saber os motivos técnicos que obrigaram fechar os bares na cidade. “É uma discriminação. Não é possível um setor como o nosso, ser tratado dessa maneira”, declarou. Os donos de bares e restaurantes já fizeram dois protestos em Londrina e a Abrabar entrou na Justiça para que seja suspenso o decreto que restringe o comércio.

Associação de Bares pede união de empresários contra decreto de Belinati

“Leve seus funcionários em frente à prefeitura, e mostrem quantos dependem do emprego”

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar) Fábio Aguayo, enviou um vídeo com exclusividade ao 24Horas, tomando um posicionamento sobre as alterações do decreto estabelecido pela prefeitura de Londrina que proíbe a abertura, venda de bebidas alcoólicas e o serviço de delivery do setor.

Para Fábio Aguayo, as medidas vão provocar desemprego em Londrina. “O empresário que fechar agora, muitos não vão conseguir voltar”, disse Aguayo alertando para a crise que se aproxima.

Nesta sexta-feira (11) o prefeito Marcelo Belinati anunciou as mudanças do decreto anunciado na quarta-feira (09) que estabelecia o fechamento dos estabelecimentos por 14 dias. Agora, os restaurantes e conveniências também são alvo da fiscalização, com a proibição da venda de bebidas alcoólicas. A multa para quem descumprir parte de R$ 3 mil.

“Eu recomendo que quem não conseguir voltar, fecha as portas. Não se endivide mais, você já batalhou muito para chegar até aqui. A maioria dos empresários está tentando cumprir os protocolos”, disse Aguayo, que ainda completou. “Pedimos o respeito da prefeitura de Londrina que deixe os estabelecimentos trabalharem, quem tem serviço de cozinha, quem tem serviço de garçom, quem tem o atendimento aos clientes”.

“Leve seus empregados na frente da Prefeitura”

O presidente da Abrabar também pediu aos empresários que levem seus funcionários na frente da prefeitura “para que eles saibam o quanto está difícil sobreviver neste momento”. “Nós precisamos de ajuda, não tivemos um auxílio de ninguém, só Governo Federal segurou nossos empregados, mas em consequência, temos que dar estabilidade financeira à eles”