AbraBar pede ao Governo Paraná para não adotar a Lei Seca nas Eleições 2022

Desde 2016 que a legislação não é aplicada no Estado; Entidade afirma se tratar de “medida retrógrada”

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) fez um apelo ao Governo do Paraná, para não adotar a Lei Seca nas Eleições 2022, no domingo (2 de outubro). Em ofício à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a entidade lembra que existem outros mecanismos na legislação Brasileira para punir infratores ou perturbadores do processo eleitoral no trânsito, nos costumes ou de violência.

A intenção é garantir, nas 24 horas do pleito, o direito ao livre comércio de venda, distribuição e consumo de bebidas alcoólicas nos 399 municípios do Paraná, como tem ocorrido nos últimos anos. A última Lei Seca no Paraná foi em 2014. Em 2016, o consumo e venda foi autorizada pela Justiça, lembra a Abrabar.

“É uma medida retrógrada, lá do século passado”, afirma o presidente Fábio Aguayo. A aplicação da medida ocorre sempre por uma resolução ou portaria. No ofício à Sesp, a entidade classista lembra que o Brasil vive um período pós pandemia, no qual o setor sofreu “imensamente e teve consequências irrecuperáveis”, causando uma grave crise econômica.

Planejamento
Os estabelecimentos trabalham com agendamento e reservas, “neste período eleitoral é oportunidade para muitos recuperarem os prejuízos da pandemia e pagar as parcelas de seu endividamento”, afirma Aguayo. Importante ressaltar que medida está “completamente ultrapassada” e não é mais aplicada nas principais cidades e estados, principalmente regiões com grande apelo turístico.

“(…) que recebem turistas internacionais e nacionais, como é o caso do Paraná em Foz do Iguaçu na região da fronteira e regiões como capital, região metropolitana e Litoral”, destaca o documento. A luta de bares e restaurantes do Paraná contra a Lei Seca começou em 2006, recorda a entidade.

“Basta aplicar e punir exemplarmente, sem prejudicar o setor de comércio, serviços e turismo, especialmente os colaboradores e a geração de emprego e renda”, completa a AbraBar.

Íntegra do ofício da Abrabar:

AO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR
WAGNER MESQUITA
DD. SECRETARIO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA DO PARANÁ/SESP

Senhor Secretário,

Conforme as reivindicações de nossa categoria e as consultas informais de nossa entidade ao gabinete reafirmamos nosso pedido que segue oficialmente através desta missiva, com a solicitação de não haver resolução/portaria da SESP de impor 24 horas de Proibição de Comercialização de Venda, Distribuição e Consumo de bebidas alcoólicas no dia 02 de outubro de 2022 no Estado do Paraná.

Vale lembrar e reafirmar que temos outros mecanismos na legislação Brasileira para serem aplicadas aos infratores ou perturbadores do processo eleitoral, seja na legislação de trânsito, costumes ou de violência.

A reivindicação é que além de estarmos em período pós pandemia, no qual nosso setor sofreu imensamente e teve consequências irrecuperáveis, causando uma grave Crise econômica, especialmente na saúde mental e financeira de nossos empreendedores, nossos estabelecimentos trabalham com agendamento e reservas e neste período eleitoral é oportunidade para muitos recuperarem os prejuízos da pandemia e pagar as parcelas de seu endividamento.

É importante ressaltar, que medida está completamente ultrapassada e não está sendo mais aplicada nos principais cidades e nos importantes estados Brasileiros, principalmente as regiões com grande apelo Turístico e que recebem turistas internacionais e nacionais, como é o caso do Paraná em Foz do Iguaçu na região da fronteira e regiões como capital, região metropolitana e Litoral.

Como é o caso de tranquilidade e pacificação no nosso estado nas eleições recentes e sem entreveros anteriores desde o início de nossa mobilização em 2006, portanto, solicitamos que seja para todos os municípios do Estado do Paraná.

Basta aplicar e punir exemplarmente, sem prejudicar o setor de comércio, serviços e turismo, especialmente os colaboradores e a geração de emprego e renda!!!

Certo de contarmos com apoio e compreensão de Vossa Excelência para podermos colaborar e aprimorar com as questões pertinentes ao nosso segmento, desde já nossos agradecimentos e votos de estima e consideração.

Agradeço desde já.

Atenciosamente,

Fabio Aguayo
Presidente do Abrabar e SindiAbrabar

Agradecemos e ficamos à disposição.

Favor acusar o recebimento deste e-mail.

Atenciosamente,

Fabio Aguayo – Presidente
ABRABAR – Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas
Alameda Dr. Carlos de Carvalho, nº 68, 3º andar – Sala 302 – Centro, Curitiba/PR.

Setores de gastronomia e entretenimento do Paraná comemoram ‘Lei de Socorro aos Eventos’

Projeto criado na Câmara dos Deputados cria programa para ajudar o setor de eventos; Um alívio aos empresários, dizem entidades

Os setores de gastronomia, entretenimento e de eventos comemoraram a aprovação pela Câmara Federal nesta quarta-feira (3), do projeto de lei 5.638 do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), que que cria o Programa de Socorro aos Eventos (PERSE). A proposta segue agora para discussão e votação no Senado.

“Trata-se de um importante marco e um avanço para reparar e auxiliar as empresas deste importante setor”, analisou o vice-presidente da ABRABAR e presidente em exercício do SindiABRABAR, o empresário de gastronomia Gustavo Grassi. “Os nossos associados precisam de algum alento ou esperança”, disse.

“Muitos ficaram pelo caminho e outros já estão desistindo, mas para os que ficaram toda mobilização é necessária e urgente”, revelou Grassi. Que completou: “Esperamos que o Senado faça sua parte e bem como Assembleias e Câmaras façam leis Estaduais e Municipais no mesmo sentido para os tributos e auxílios aos empresários sobreviventes”.

Bons olhos
O setor de eventos só pode ver com ótimos olhos a aprovação do projeto, que cria este programa emergencial, pena demorou tanto tempo para acontecer”, disse a Susan Klein, diretora do Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná (Sindiprom). “Talvez ninguém esperasse uma realidade tão dura causada por este vírus”.

Na avaliação de Susan, toda ajuda é bem vinda. “Não há como pagar impostos se não temos receita. Estamos há um ano parados e sim, toda ajuda de parcelamento virá em benefício ao setor”, revelou a diretora.

Que completou com um misto de esperança: “Tomara que outras ações positivas e propositivas como esta possam tomar parte do nosso meio, uma vez que o setor de eventos, agora com a análise do PIB 2020, vai mostrar qual é a diferença para o caixa do governo em todas as instâncias que a falta dos eventos causou”.

Desde o início da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que completa um ano em março, as medidas adotadas pelos governos provocou a falência de 40% dos bares, 30% dos restaurantes, 75% das casas noturnas e 80% das empresas de eventos. O resultado foi o fechamento de milhares de empregos em todo o Paraná.

No Paraná, Abrabar vence mais uma batalha e anula na Justiça multas e notificações genéricas

Entidade representativa da gastronomia e entretenimento derrubou penalizações; Setor se prepara para a Caminhada da Reparação dia 24

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) garantiu na Justiça uma importante vitória contra as notificações genéricas que prejudicam o funcionamento dos estabelecimentos associados. As medidas, adotadas em virtude da nova lei municipal de punição e enfrentamento à Covid-19, foram derrubadas.

As situações, de acordo com o presidente Fábio Aguayo, em muitas das vezes são arbitrárias e subjetivas, com a completa falta de bom senso. Este tipo de atitude, na maioria dos casos, é um claro abuso de autoridade dos fiscais municipais contra o setor, disse.

“Sorte que temos a Justiça para nos defender e salvar das barbaridades da fiscalização”, ressaltou o presidente da Abrabar. Em novembro de 2020, o Juízo da 2ª Vara da Fazenda de Curitiba concedeu à entidade liminar para suspender algumas notificações lavradas pela municipalidade de forma genérica.

Na decisão, ficou determinando que os fiscais da Prefeitura descrevessem os fatos de forma pormenorizada, nas autuações que fossem lavradas a partir daquela data. De acordo com a advogada da entidade, Vanessa Grassi, alguns autos de infração – agora com imposição de multas, em virtude da Lei 15799/21 – continuam sendo aplicados com descrição absolutamente genérica.

Como exemplo, a causídica cita anotações do tipo “EXERCÍCIO DE ATIVIDADE DE BAR”, sem descrever o que entendem os fiscais ser atividade de bar e o que se difere tal atividade de lanchonetes e restaurantes, por exemplo. Nesse sentido, novas autuações impostas aos associados da Abreabar têm sido suspensas pelo Magistrado, por estarem em desconformidade com a liminar concedida.

Reação
O presidente conclama os empresários do setor a se associarem e utilizarem nosso jurídico da entidade, capitaneado nesta ação pela advogada Vanessa Grassi. A intenção é garantir aos associados um instrumento de defesa contra injustiças que estão sendo causadas em algumas fiscalizações.

“Nosso intuito é preservar os empregos e a empresa que vive momento delicado pela sobrevivência do negócio”, ressaltou Aguayo.

Sem entraves
De acordo com o presidente, é importante deixar claro às autoridades que o intuito da Abrabar não é impor entraves à fiscalização e mesmo à punição dos estabelecimentos que realmente estiverem descumprindo as normas sanitárias de combate ao Covid-19.

“Mas sim garantir aos associados o entendimento dos motivos das autuações, as correções das condutas e, acima de tudo, o contraditório e a ampla defesa, direitos constitucionalmente garantidos”, explicou. A intenção é “preservar os empregos e as empresas que vivem momento delicado, pela sobrevivência do negócio”.

Caminhada da Reparação do Setor
Desde o início da pandemia, as medidas adotadas pelos governos provocou a falência de 40% dos bares, 30% dos restaurantes, 75% das casas noturnas e de 70% a 80% das empresas de eventos, resultando no fechamento de milhares de empregos em todo o Estado.

A situação grave que atinge os estabelecimentos de gastronomia e entretenimento e empresas de eventos motivou os empresários a organizar, para o próximo dia 24 de fevereiro (quarta-feira), uma “Caminhada da Reparação do Setor”. O ato, organizado por várias entidades, terá mobilizações simultâneas nas principais cidades do Paraná.

Em Curitiba, a concentração começa às 15h na Praça 19 de Dezembro, a famosa Praça do Homem Nú, no Centro Cívico da capital. Os últimos ajustes do evento serão definidos na segunda-feira (22), a partir das 10h em reunião com representantes no Babilônia.

Regional da ABRIG prestigia posse de Fábio Camargo na presidência do Tribunal de Contas do Paraná

A Nova Diretora da Regional da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (ABRIG), Katiane Gouvêa, prestigiou na última quarta-feira (27) a posse do novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), conselheiro Fábio Camargo.

No discurso de posse, Fábio Camargo fortaleceu uma maior aproximação e diálogo do órgão com a sociedade, garantindo maior controle e transparência do uso dos recursos públicos.

A intenção é buscar mais eficiência na aplicação das verbas destinadas a impactar na melhoria da qualidade de vida dos paranaenses e capacitação dos gestores públicos.

O Governo do Paraná e os demais poderes em conjunto com órgãos de controle como a ABRIG, são um dos poucos estados da união que buscaram implementar de fato e efetivamente mecanismos de compliance e a regulamentação da atuação de Relações Institucionais e Governamentais.

Camargo afirmou que, entre as suas metas, está fazer da corte um órgão mais próximo do cotidiano dos paranaenses e por isso levará pessoalmente aos 399 municípios a importância da participação da sociedade junto a corte e do trabalho da ouvidoria.

Transparência

No encontro, Katiane Gouvêa, que estava acompanhada do membro da ABRIG e da Confederação Nacional de Turismo (CNTur), Fábio Aguayo, disse que a entidade fundada em 2007 não tem fins lucrativos e prioriza a promoção do debate ético, focando em temas estratégicos para a formulação de políticas públicas e marcos regulatórios.

A ABRIG, segundo ela, conta com a participação da sociedade civil e do setor privado nos processos de decisão política em prol do desenvolvimento do país.

Prefeitura de Curitiba perde o recurso no TJ-PR contra a liminar da Abrabar

Município tentou validar notificações sem detalhamento de irregularidades que estariam sendo cometidas por bares e restaurantes

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou, nesta quinta-feira (17), um recurso da Prefeitura de Curitiba, para derrubar a liminar concedida à Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), tornando nulas notificações contra bares e restaurantes, com anotações genéricas, sob o pretexto de combate à propagação do novo Coronavírus (Covid-19).

“Com esta decisão, o TJ-PR sepultou o agravo de instrumento interposto pela Prefeitura, contra notificações aos estabelecimentos sem devido detalhamento das infrações”, comentou o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo. A liminar conseguida pela entidade, segundo ele, é especialmente contrária ao abuso de autoridade na questão da boa fé dos Fiscais.

Em outras palavras, afirma o presidente da Abrabar, foi mantida a liminar contra as notificações genéricas da AIFU (Ação Integrada de Fiscalização Urbana), que em muitas casos resultam no fechamento do estabelecimento em pleno expediente. “A nossa categoria comemora o bom senso e razoabilidade, com isso, mais uma vez a Justiça do Paraná evitando injustiça e perseguição”, ressaltou.

Os bares e restaurantes tem sido alvo de polêmica desde antes do endurecimento das penas para quem descumprir as regras dos decretos sanitários de Curitiba. Com a liminar, concedida esta semana pelo juiz Marcelo de Resende Castanho, as ações de fiscalização da Prefeitura não poderão mais notificar bares e restaurantes sem detalhar “de forma pormenorizada” os motivos da autuação.

Notificações suspensas
A decisão, lembra a Abrabar, é uma extensão de outra liminar concedida à entidade no último dia 20 de novembro. Nesta decisão, foram suspensas as notificações redigidas de forma genérica pela Prefeitura contra bares, lanchonetes e restaurantes nas ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

As notificações não detalhavam quais regras haviam sido descumpridas pelos estabelecimentos, o que foi considerado pelo juízo como um cerceamento do direito de defesa. Na nova liminar, que juntou mais autuações semelhantes, o magistrado da 2ª vara da Fazenda Pública determinou que as próximas tenham o máximo detalhamento possível.

“Este Juízo concedeu a liminar pleiteada no presente feito, a fim de suspender algumas notificações lavradas pela municipalidade de forma genérica, bem como para determinar que a autoridade impetrada descreva os fatos, de forma pormenorizada, nas próximas autuações que serão eventualmente lavradas”, disse Marcelo de Resende Carvalho no despacho.

Falhas
A decisão do magistrado corrigiu o que os empresários do setor consideraram como uma falha tanto da fiscalização como dos decretos sanitários. “Mesmo dizer aglomeração, pura e simplesmente, segundo o juiz, não seria suficiente. Teria que fazer uma explicação detalhada”, afirma Aguayo.

A Abrabar deixa claro que não é contrária a fiscalização e as ações de combate ao vírus. No entanto, vem orientando os associados a encaminharem as autuações que considerarem genéricas à entidade, que serão anexadas ao processo para também terem os efeitos suspensos.

Fábio Camargo é eleito o mais jovem presidente do TCE do Paraná e Brasil

Ele assume em janeiro e vai permanecer no cargo no biênio 2021-2022; Veja os demais membros da direção do órgão

O conselheiro Fábio Camargo foi eleito, em sessão ordinária nº 40/2020 do Tribunal Pleno por videoconferência nesta quarta-feira (09), o presidente mais jovem da história do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) e de todo Brasil. Ele vai exercer o cargo no biênio 2021-2022 e terá como vice o conselheiro Ivan Lelis Bonilha e o conselheiro Fernando Augusto Mello Guimarães como corregedor geral.

Após o anúncio da votação, Fábio Camargo fez um pronunciamento marcado pela emoção. “Neste momento, quero agradecer primeiro a Deus por ter me abençoado muito e colocado uma família maravilhosa ao meu lado”, ressaltou lembrando da esposa e dos filhos e netos.

De acordo com o futuro presidente, este apoio irrestrito que recebe dos familiares dará “a estrutura para que possa continuar lutando e trabalhando para ser um pouquinho próximo do orgulho que tenho do meu amado pai”, completou, em referência ao desembargador Clayton Camargo, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Procedimento
A eleição foi conduzida pelo atual presidente, conselheiro Nestor Baptista. Ao falar do pleito, ele destacou o desenvolvimento de um aplicativo específico devido a pandemia da Covid-19, eliminando a necessidade de encontro presencial e votos de papel. 

O processo foi submetido a conferência e homologação da procuradora geral do Ministério Público de Contas (MPC-PR), Valéria Borba. A posse de Fábio Camargo na presidência deverá ocorrer no início da segunda quinzena de janeiro de 2021.

Após à eleição, foram homologadas duas câmaras de julgamento. Presidida pelo vice-presidente eleito, conselheiro Ivan Bonilha, a Primeira Câmara será integrada também pelos conselheiros Artagão de Mattos Leão e Durval Amaral e pelos auditores Sérgio Valadares Fonseca e Thiago Cordeiro. 

A Segunda Câmara será presidida pelo conselheiro Nestor Baptista, decano entre os membros da Corte, e composta pelos conselheiros Fernando Guimarães e Ivens Linhares, e os auditores Cláudio Kania e Tiago Pedroso.

Panorama
O novo presidente do TCE-PR tem 47 anos e é bacharel em Direito pela Universidade Tuiuti do Paraná. Foi eleito pela Assembleia Legislativa para o cargo de conselheiro do TCE-PR em 2013. Na Casa, já ocupou o cargo de corregedor geral (gestão 2017-2018). É vice-presidente na atual gestão (2019-2020).

Desde que entrou no cargo, em 2013, sofria com processos que investigavam supostas irregularidades no seu processo de escolha para a Corte. Os candidatos que perderam a disputa na eleição, feita pela Assembleia Legislativa, alegavam problemas no quórum da votação. Recentemente uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pôs fim aos questionamentos.

No Paraná, entidades criam guia de restaurantes e bares que oferecem espaços ao ar livre

Abrabar e SindiAbrabar divulgam links para empresários preencher cadastro ou listas vender objetos para vender após fecharem estabelecimentos

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares (SindiAbrabar) querem facilitar a vida dos apaixonados por bares, cafés, lanchonetes e restaurantes, que procuram espaços amplos ao ar livre e arejados. As entidades criaram um guia de estabelecimentos que se enquadram nas recomendações sanitárias para evitar a proliferação da Covid-19.

Nas últimas semanas, lembram Abrabar e SindiAbrabar, houve uma queda expressiva nos índices negativos da pandemia, resultando no retorno gradual das atividades de gastronomia e entretenimento. Com isto, os frequentadores tem retornado aos ambientes do setor, mas em ritmo lento.

As entidades tem sido procuradas para informações de locais com espaços amplos e áreas abertas ou ar livre, como jardinetes, decks, mesas e cadeiras nas calçadas. O guia, segundo o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi, será uma ferramenta de facilitação aos turistas e clientes habituais da categoria, que querem encontrar os ambientes que lhe agradam.

Os estabelecimento interessados em integrar o guia poderão se inscrever clicando AQUI, e relacionar os tipos de espaços ao ar livre que possuem.

Bares listados
As entidades já possuem alguns estabelecimentos catalogados, como Bom Scoth Bar que dipõe de um deck amplo, Paraguassu Grelhados e Seu Prudente com mesas e cadeiras nas calçadas e o Bar Quermesse com um espaço deck amplo.

Também integram o guia o Choripan, que tem área livre na calçada e deck amplo, o Zapata Mexican Bar com deck amplo, o Espaço Deposito com jardinete e deck, Bar do Largo com deck amplo no Parque Barigui, Serviço Ca’dore com área livre e deck, Souq Gastronomia e Entretenimento e Mercado Sal, ambos com decks amplos.

Brechó
As entidades criaram na última semana um brechó virtual de facilitação para empresários do setor que fecharam e querem vender o que sobrou dos estabelecimentos (bar, restaurante, lanchonete, pizzaria ou casa noturna) e dos clientes apaixonados por bares que estão em busca de um souvenir ou mesmo um móvel para a residência.

Para participar, o empresário deverá clicar AQUI e informar os objetos que pretende vender. A intenção, segundo a Abrabar e o SindiAbrabar, é dar uma aliviada no caixa dos empresários do setor, que foi obrigado a fechar as portas dos estabelecimentos devido as medidas restritivas da pandemia.

Em ambos os serviços, as entidades estão cadastrando os estabelecimentos. Na sequência será criado um site com as informações dos ambientes e dos objetos que serão para venda, adiantam Abrabar e SindiAbrabar.

Abrabar e SindiAbrabar alertam para armadilha com fotos de alimentos em aplicativos de delivery

Um único escritório de advocacia ingressou com mais de 500 ações que somam R$ 15 milhões em juizado bancado pelo poder público

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e o Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares (SindiAbrabar) alertam os empresários do setor gastronômico, para uma armadilha com o uso de fotos de alimentos em aplicativos de delivery que está aumentando o rombo financeiro dos estabelecimentos neste período de pandemia da Covid-19.

De acordo com as entidades, alguns escritórios de advocacia estão se aproveitando dos reflexos da pandemia e se valendo dos Juizados Especiais Cíveis para se especializar em ingressar com ações na casa de R$ 30 mil reais contra empresários que utilizaram fotos de mecanismo de busca para cadastro de seus produtos nos aplicativos de entrega.

Muitos pequenos empreendedores, em razão das restrições desmedidas impostas pelo poder público se viram obrigados, da noite para o dia, a realizar cadastro em sistemas de delivery para pagar suas contas, manter seus negócios e suas famílias, explica Fábio Aguayo, presidente da Abrabar.

“Não bastassem as condições dos referidos aplicativos, que ficam com uma significativa parte da venda dos alimentos, não é justo que agora o empreendedor do ramo se veja vítima de uma verdadeira indústria estabelecida principalmente no uso abusivo de uma justiça subsidiada pelo poder judiciário”, ressaltou Aguayo.

Representantes do setor gastronômico no Tribunal de Justiça do Paraná

Montante do rombo
Só para ter uma ideia da gravidade da situação, as entidades revelam que até o momento, apenas um único escritório de advocacia, ingressou com mais de 500 ações, cujo valor somado chega próximo a R$ 15 milhões, valendo-se do sistema de Juizados, subsidiado pelo poder público.

Assediados, muitos empresários, do já combalido setor, acabam sendo obrigados a fazer acordos de R$ 3 mil à R$ 7 mil, explica o presidente do SindiAbrabar, Gustavo Grassi. “Os custos para o judiciário não foram calculados, mas se considerarmos apenas as cartas de citações expedidas, estima-se que o valor gire em torno de R$ 20 mil”, disse.

De acordo com uma estimativa projetada pelo Jurídico do SindiAbrabar, se levarmos em conta o uso da estrutura – salários de juízes, conciliadores e carga horária de servidores, a cifra pode chegar facilmente aos R$ 300 mil em recursos públicos, “utilizados para as questionáveis ações dirigidas contra os empresários do setor”, completa Grassi.

Indústria de ações
O advogado Jorge Augusto Derviche Casagrande, que representa o setor gastronômico através da Abrabar e do SindiAbrabar, disse que no momento, o papel das entidades é o de disponibilizar subsídios jurídicos para que os associados e seus advogados promovam sua defesa nas referidas demandas.

“Enquanto isso, busca-se uma uma solução institucional, mesmo porque nos parece errado que o Judiciário do Paraná tenha drenados seus recursos para servir ao sistema de Juizados Especiais, subsidiados pelo poder público, para servir a uma recém estabelecida indústria direcionada a açoitar ainda mais um já combalido setor”, disse Derviche Casagrande.

O jurista, que milita há mais de 10 anos em defesa dos empreendedores, diz que a interposição de centenas de demandas replicadas direcionadas a um setor, com fundamentos discutíveis, constitui uma advocacia danosa e estranha aos valores e missão da advocacia.

No TJ-PR
A questão envolvendo a armadilha das fotos utilizadas nos aplicativos de delivery e a avalanche de ações contra o setor, já é de conhecimento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). A situação foi comunicada ao presidente do órgão, desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira, que recebeu representantes da gastronomia em audiência nesta quarta-feira (07).

“Relatamos ao desembargador Xisto Pereira, da existência de um único escritório especializado apenas em tomar conta desta questão, atrapalhando o trâmite no judiciário dos verdadeiros processos. O direito autoral tem que ser respeitado, mas não pode ser usado para uma armadilha”, ressaltou Fábio Aguayo.

A Abrabar e o SindiAbrabar estarão à disposição dos associados para fazer a defesa, em uma parceria com o escritório Casagrande Advocacia e Consultoria Jurídica Empresarial, que trabalhará em conjunto com profissionais da área de propriedade intelectual, para atender e dar orientações a seus associados e seus advogados.

Os contatos podem ser feitos pelo telefone (41) 3045-1546, whatsapp (41) 99826-0108, no email contato@casagrande.adv.br, ou fisicamente na Avenida Iguaçu, 2820, Sala 905, Água Verde, Cidade de Curitiba, Paraná.

Fotos: Divulgação

Entidades unidas na defesa dos músicos e a volta das festas e eventos no Paraná

Protocolo de Boas Práticas e Termo de Compliance vão acelerar entendimentos na retomada das atividades no Estado

Um grupo de entidades ligadas a bares, restaurantes, casas noturnas, músicos e turismo do Paraná se uniu para desenvolver ações e defender a volta das apresentações artísticas musicais e das atividades nas casas de festas e eventos do Estado. A ação inclui um Protocolo de Boas Práticas com os cuidados sanitários e um Termo de Compliance dos Músicos do Paraná ante a Covid-19.

A iniciativa é encampada pela Federação das Empresas de Turismo, Gastronomia e Entretenimentos do Paraná (Feturismo), Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar e Sindiabrabar), Associação Paranaense dos Sambistas e Ritmistas (Assarit), Samba Solidário e a Ordem dos Músicos do Brasil-PR (OMB-PR).

O protocolo e o Compliance foram elaborados a partir de uma visita do presidente da Abrabar, Fábio Aguayo e representantes do setor, ao vice-governador Darci Piana e ao secretário de Planejamento do Paraná, Valdemar Bernardo Jorge. Os músicos foram convidados após manifestação pela retomada em frente a Prefeitura de Curitiba, disse Aguayo.

“Esta mobilização envolvendo as entidades é no sentido da integração. Que as cidades possam ter protocolos sanitários que permitam a volta das atividades econômicas”, explicou Aguayo. Sobre os músicos, a intenção é ajudar os profissionais e as cidades que não tem o entendimento.

O presidente da Abrabar lembra que, últimos dias, três das grandes cidades do Paraná tomaram iniciativa na questão de festas e eventos – Foz do Iguaçu, Cascavel e Londrina. A última abriu para casas e salões de festas e buffets infantis voltarem a trabalhar após cinco meses fechados devido a pandemia do novo Coronavírus.

Compromisso

O Termo de Compliance dos Músicos é um compromisso assumido pelos profissionais para atuar com segurança no entretenimento em bares, restaurantes, casas noturnas, shows e eventos de diversas naturezas. O compromisso inclui reunião máxima de até cinco artistas por apresentação e uso de máscara pelos instrumentistas (o cantor fica sem só na apresentação).

A distância mínima entre o cantor e a plateia será de dois metros. Os equipamentos de utilização do artista serão higienizados com álcool spray 70%. Não serão compartilhados microfones com integrantes da plateia. Cabos, instrumentos, mesa de amplificação ou mixagem serão higienizados na montagem e na desmontagem.

Cada grupo é responsável pela higienização do palco entre uma apresentação e outra. Os artistas poderão divulgar os termos do compliance do ambiente e as normas da Secretaria Municipal de Saúde sobre os cuidados sanitários.