Abrabar e Abrasel articulam agenda positiva com lideranças políticas e órgãos de segurança

Entidades querem ampliar a participação nos debates de temas de interesse do setor de gastronomia e entretenimento

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba iniciaram esta semana uma série de ações para aproximar o setor de gastronomia e entretenimento e entidades representativas para criar uma agenda positiva envolvendo lideranças políticas e órgãos de segurança.

Nesta primeira etapa, a categoria participou de reuniões com representantes do legislativo municipal e do comando da Polícia Militar da capital do Paraná. A intenção é mobilizar e sensibilizar empresários, colaboradores e especialmente as pessoas que frequentam os estabelecimentos do setor.

“Queremos criar isso que não tivemos na legislatura anterior, que é essa aproximação para poder debater, discutir, sugerir e questionar medidas e ações”, explica Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. De acordo com ele, outras entidades econômicas fizeram isso na legislatura passada.

“Nós, durante a pandemia, ficamos mais no reativo do que no pró-ativo e esse ano, a partir de 2021, acreditamos que essa nova Mesa Diretora da Câmara tenha capacidade de propor mudanças significativas, não só da relação sociedade civil com os legisladores, mas com a própria Prefeitura Municipal”, ressaltou. 

Rotina de debates

A intenção, de acordo com a Abrabar, é manter uma agenda de reuniões e debates neste sentido a partir de agora. “Queremos participar mais, interagir mais e poder contar o legislativo, com a colaboração dos empresários e das entidades”, frisou.

“Queremos uma coisa só, todos juntos sair dessa situação e ter a retomada verdadeira, porque a gente fala da retomada, estamos falando a seis meses, mas só vai se concretizar quando toda a população tiver vacinada de fato”, destacou Aguayo.

Pelo lado das empresas, participaram das reuniões representantes da Abrabar (Fábio Aguayo), Abrasel (presidente Nelson Goulart e diretor executivo Luciano Bartolomeu) e do SindiAbrabar, com o presidente Gustavo Grassi.

Segurança

Além dos vereadores, a Abrabar, Abrasel e representantes do setor também se reuniram com o Comando da Capital da Polícia Militar. “A intenção é fazer um trabalho preventivo junto ao nosso setor”, ressaltou Aguayo. No encontro também foram tratados outros temas, da AIFU fazer um trabalho em conjunto de ações, de orientações da categoria. 

“Esse trabalho pró-ativo que temos que fazer na nossa categoria em 2021, criar uma agenda positiva e estar sempre ao lado da população antecipando e evitando fatos e acontecimentos ruins”, completou o presidente da Abrabar.

A reunião na Polícia Militar contou com participação do Tenente-Coronel Paulo Henrique Semmer, nesse ato respondendo como Comandante do 1° CRPM (Capital); Major Ricardo Eguedis, Chefe da Comunicação Social da PMPR; e Major Marcelo Krainski de Lima, Comandante do 12° BPM (área central da Capital).

Londrina tem índices favoráveis para não renovação da ‘Lei Seca’, dizem entidades

Setor pede flexibilização das medidas para garantir a sobrevivência das empresas, manutenção de empregos e geração de impostos

A Prefeitura de Londrina não deve renovar o decreto da “Lei Seca” proibindo por 14 dias a partir de 11 de setembro a venda ou o fornecimento de bebidas alcoólicas para consumo no local e em imediações de qualquer estabelecimento. A cidade tem margem de segurança no enfrentamento a pandemia do coronavírus que permite a reabertura das atividades de gastronomia e entretenimento.

Em reunião com o secretário municipal de Saúde, Felipe Machado, representantes do setor ressaltaram a queda nos índices de transmissão, reconhecido pela Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). “Londrina tem uma ocupação média de 60% dos leitos de UTI, que mostra controle epidemiológico que dá margem de segurança para reabertura”, disse Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar).

As entidades lembra que, desde que o decreto foi publicado, não houve alteração significativa da média móvel de casos. Representantes da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e do G20 (que reúne empresários da categoria) também participaram do encontro com o secretário.

Na ocasião, demonstraram os impactos que a restrição de horário e da capacidade de atendimento provocou no setor, bem como pediram a dilação do horário de atendimento até às 23h59. O estudo faz um comparativo, em três cenários, de antes das medidas adotadas na pandemia com o cenário atual.

Em relação ao número de funcionários, no caso de um estabelecimento com oito colaboradores e 100% da capacidade, o número de funcionários cai pela metade ao reduzir o atendimento a 50% e para dois (um quarto do normal) com 34% da capacidade. Os valores são hipotéticos, mas permitem comparar e avaliar os impactos das medidas.

A mesma proporção dos funcionários é medida na demonstração de faturamento da empresa, arrecadação de impostos entre outros. O lucro do empresário, que na análise inicial era 13.250, caiu para -8.375 e -15.511 com 50% e 34% da capacidade, respectivamente.

Shoppings
As entidades também defendem a ampliação de atendimento dos shoppings centers de segunda a sábado entre 11 e 22h, aos domingos entre 11 e 20h. As estruturas, que já tem controle de acesso de pessoas e protocolos sanitários, abrigam em média 170 estabelecimentos relacionados a restaurantes e praça de alimentação, que contratam aproximadamente dois mil colaboradores.

Fiscalização uniforme
No documento entregue ao secretários, os empreendedores se comprometem com medidas de combate a pandemia adotadas pela municipalidade. Também solicitam a uniformidade na fiscalização geral do horário de fechamento dos estabelecimentos, considerando uma tolerância de 30 minutos do fim das vendas e saída dos clientes.

O setor sugere ainda uma campanha de conscientização com compromisso de participação da categoria. Serão promovidas ações como Blitzes Educativas para não dirigir sob efeito de álcool, Diga sim ao CNPJ e não ao Clandestino e Diga sim a Fiscalização.