O setor hoteleiro em Alagoas é um grande gerador de postos de trabalho direto e indireto, principalmente em Maceió, Marechal Deodoro, Barra de São Miguel Maragogi, Arapiraca, Penedo e Piranhas.
A pandemia do covid-19 literalmente paralisou toda a atividade do setor, que fechou as portas no início de abril e não tem data para reabrir, pelos menos nos próximo 60 ou 90 dias. Será um período de muitas incertezas, apreensões e expectativa, que exige do empresariado sangue frio, planejamento e foco para formular maneiras de sobreviver ao período de fechamento e retornar as atividades.
Nosso blog procurou novamente ouvir a opinião de um dos empresários mais experientes do setor hoteleiro, com mais de 20 anos na hotelaria, e com uma visão clara do mundo do turismo e também financeiro. Trata-se de Elionaldo Magalhães, que já exerceu vários cargos no alto escalão do Governo Federal e Estadual.
Atualmente é proprietário do Marinas Maceió Hotel, localizado na orla marítima da capital alagoana, mas também com atividades empresariais em Portugal e nos Estados Unidos.
Para Elionaldo Magalhães o momento é se preparar para um cenário que ainda está se formando e que deve estar totalmente pronto em 120 dias. Em um documento enviado ao Maceió Convention e ao Sindicato dos Hotéis, o empresário faz um relato fiel de como o setor deveria enfrentar a crise, e aponta soluções para que se possa ter uma saída.
As propostas foram bastante elogiadas por todos do grupo empresarial hoteleiro, mas até agora, segundo apurou o blog, os representantes das entidades ainda não levaram a frente as propostas, apresentando ao Governo Estadual, Federal e aos prefeitos.
No documento o empresário pede a prorrogação do prazo das Medidas Provisórias (MP) do Governo Federal ( uma já foi atendida ), prorrogando por mais 90 ou 120 dias as medidas econômicas de crédito bancário para financiar a folha de salários, e a possibilidade de suspensão de contratos de trabalho, para a preservação dos empregos do setor hoteleiro, alongamento de prazos de pagamento de taxas e impostos.
O empresário sugere celeridade na análise das solicitações de crédito dos empresários por parte das instituições bancárias em dar uma resposta a solicitação de crédito aos empresários. Segundo ele os bancos deveriam facilitar o acesso às linhas de crédito, reduzindo prazos de análises dos pedidos de empréstimos e reduzindo a burocracia, principalmente para capital de giro e adoção de medidas médico-sanitárias. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae os bancos têm negado crédito a 65% dos empresários que solicitaram.
Aos municípios o documento elaborado pelo empresário propõe às Prefeitura baixar medidas para ajudar o setor. Entre elas conceder em caráter de urgência a redução de no mínimo 50% da alíquota para todos os itens, que fazem parte da operacionalidade da hotelaria, tais como: ISS, IPTU, TAXA de recolha da coleta do lixo, e demais taxas e contribuições.
Ao Governo do Estado de Alagoas, propõe também que seja concedido em caráter de urgência a redução de no mínimo 50% da alíquota para todos os itens, que fazem parte da operacionalidade da hotelaria, tais como: redução da alíquota da energia elétrica, telefone, água, gás e demais taxas e contribuições cobradas pelo estado.
O empresário afirma que somente com a ajuda de crédito bancário, para preparar as instalações dos hotéis e pousadas, no modelos dos protocolos para receber o selo de segurança sanitária pós covid-19 e a redução de tributos, por um período a ser definido, o setor hoteleiro em Alagoas poderá manter os empregos e voltar a funcionar, normalmente, pois o inicio da retomada das operações de antes da pandemia, embora O SETOR ainda terá que enfrentar uma dura negociação com operadoras de turismo e plataformas de vendas, sobre valores de tarifas, assim como a concorrências de antigos aliados como a CVC, que anunciou que vai atuar também na atividade de hospedagem com uma plataforma semelhante ao Airbnb.
FONTE: Mozart Luna
Meio Ambiente & Turismo