Em coletiva de imprensa, secretário de segurança para grandes eventos do Ministério da Justiça diz que avaliações são rotineiras
O Governo Federal, junto às autoridades de segurança do Rio de Janeiro, a FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) avaliam ajustes a serem adotados na operação do estádio Maracanã em dias de jogos, após o incidente antes da partida entre Chile x Espanha, no qual torcedores chilenos romperam uma grade que delimita o perímetro restrito e invadiram o Centro de Mídia da arena. Em coletiva de imprensa realizada no dia 19, o secretário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, afirmou que reuniões após cada evento são rotineiras e que os protocolos adotados antes da Copa do Mundo funcionam bem.
“As reuniões são no nível operacional, junto com o COL e a FIFA, para que a gente defina operacionalmente o que vai ser feito. Os protocolos estão definidos, a questão a ser avaliada é no detalhe operacional. Definiremos e realinharemos esses procedimentos, para que tenhamos uma atuação ainda mais coordenada e um ambiente mais tranquilo no estádio”, afirmou o secretário.
Na partida deste domingo, entre Bélgica e Rússia, os novos procedimentos já serão aplicados. “Em todos os jogos, deslocamentos de seleções, treinos e em outros eventos, temos um processo de avaliação para ver o quão adequado está o planejamento, se algo precisa melhorar. Isso é rotina. Quando os problemas são identificados, fazemos uma ação corretiva. O mesmo ocorre aqui no Maracanã. Seguramente, amanhã teremos algumas novas definições operacionais”, disse Rodrigues.
O plano de segurança nas arenas da Copa do Mundo prevê que os agentes privados (stewards) são responsáveis pela operação nos portões e dentro dos estádios, mas podem acionar a segurança pública em caso de necessidade. As ações são coordenadas nos Centros de Comando regionais e nacionais. O gerente geral de segurança do Comitê Organizador Local (COL), Hilario Medeiros, afirmou que na partida entre Espanha e Chile, o contingente foi de mais de mil stewards e que as ações para deter os torcedores chilenos ocorreram sem violência.
“O procedimento operacional foi adotado. Os stewards fizeram a contenção, sem violência, e as autoridades públicas trabalharam muito bem. O problema ocorreu, mas os planos de contingência foram aplicados e o problema contornado. Todos envolvidos estão trabalhando para que fatos como esse não voltem a ocorrer. Mas estamos discutindo operação, não são questões de estrutura, por isso, as correções já serão feitas no próximo jogo”, explicou.
O secretário Andrei Rodrigues também destacou a cooperação com a polícia dos 31 países que têm seleções participando da competição. “Temos cooperação com os policiais dos 31 países que nos visitam, além de outras nações, com mais de 200 policiais estrangeiros, que estão no Brasil. Trocamos informações, além do que, alguns agentes destes países acompanham os torcedores de suas seleções. Nenhum deles tem arma e poder de polícia, apenas acompanham os policiais brasileiros, cooperando na aproximação com os torcedores e facilitando o trabalho dos nossos agentes”.
Os torcedores detidos após a invasão do Centro de Mídia do estádio carioca foram detidos e autuados. Eles têm até 72 horas para deixar o Brasil. Caso contrário, serão deportados. Segundo Andrei Rodrigues, a medida está amparada pela legislação brasileira (Estatuto do Estrangeiro).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM)