Debates contra a exploração sexual movimentam o País

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Campanha da Secretaria de Direitos Humanos

O Ministério do Turismo divulga em 12 de junho o balanço dos encontros de mobilização nacional contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, que durante os últimos três meses mobilizou as 12 cidades-sede do país. No total, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ciclo de debates. “Superamos muito a expectativa e pela primeira vez o tema foi discutido em âmbito nacional”, diz o coordenador geral de Proteção à Infância, Adelino Neto. A partir do segundo semestre as palestras chegam às demais capitais do país.

Participaram dos encontros guias de turismo, agentes de saúde, estudantes, policiais, educadores, representantes de organizações, empresários de hotéis, bares e restaurantes, entre outros. Durante os encontros, foi compartilhado o Manual do Multiplicador, uma publicação que orienta gestores e demais entidades a perpetuar as informações, o que contribui para atingir uma das principais metas da agenda de convergência do governo.

A ajuda também vem pelos celulares, por meio de um aplicativo com o nome Proteja Brasil, desenvolvido pela Unicef e pelo governo brasileiro. O aplicativo ajuda os usuários a identificar e denunciar violações de direitos contra crianças e adolescentes e podem ser baixados pelo Google Play e da App Store. A Campanha Proteja Brasil, protagonizada pela apresentadora Xuxa, foi lançada em diversos municípios brasileiros, especialmente nas cidades-sedes da Copa, incentivando denúncias de crimes contra crianças e adolescentes por meio do Disque 100.

Já o Ministério da Saúde, nos debates, apresentou dados apurados no Sistema de Vigilância de Violência. Em 2012, por exemplo, foram 22.326 registros de violência sexual, sendo 7.490 casos de crianças até nove anos e 9.846 de adolescentes entre 9 a 16 anos. Baseado nessas estatísticas, o Ministério da Saúde reforçou que municípios e núcleos de atuação estão preparados para orientar a todos durante a Copa. “Capacitamos um público importante no enfrentamento desse caso. Atingimos nossa meta: demos visibilidade na quantidade de notificações registradas para mostrar que o problema existe e deve ser enfrentado”, diz a representante do Ministério da Saúde, Mariana Freitas.

No âmbito da assistência social, políticas públicas do Governo Federal também contribuem para reduzir a taxa desse tipo de exploração sexual. “É o caso do Bolsa Família, onde os beneficiários passaram a ter uma renda elevada e, com isso, as crianças não precisam mais usar o corpo para ganhar dinheiro”, reforça a representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Laurin Wesber.

Divulgação

Durante a Copa, o Brasil espera receber cerca de 600 mil estrangeiros e 3 milhões de turistas brasileiros. Com o aumento desse fluxo, a Campanha tem sido reforçada principalmente em locais de grande circulação de pessoas, como rodoviárias, aeroportos, Centros de Atendimento ao Turista, restaurantes, pontos turísticos e hotéis de todo o Brasil. Até o momento, mais de meio milhão de peças publicitárias, como cartazes, folhetos e adesivos, foram distribuídos. Esse trabalho é desenvolvido em parceria a Secretaria de Direitos Humanos.

Projeta Brasil na Copa

Já está em vigor, desde o início de junho, a portaria que impede a entrada de turistas ou imigrantes envolvidos com pornografia infantil ou em denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. A medida foi uma iniciativa do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos.

Fonte: Ministério do Turismo

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