CNTur se manifesta sobre a questao dos feriados, veja as notas da FENACTUR e da FHORESC.

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A CNTur apóia e defende a posição de seu 1º Vice Presidente e que também é Presidente da FENACTUR – Federação Nacional de Turismo, sobre a recente polêmica causada pela Confederação do Comércio, acerca dos feriados nacionais. TURISMO É TURISMO. Comércio é Comércio.

Palavras de Michel Tuma Ness, Presidente da FENACTUR:
Caros amigos e dirigentes das mais influentes instituições que reúnem o trade turístico nacional. Tendo tomado ciência das notícias veiculadas na imprensa especializada, acerca de uma matéria jornalística divulgada pela Fecomercio-SP, onde a mesma entende que “o número de feriados nacionais em 2017 deverá impactar negativamente a economia do País”. A Fenactur, por intermédio da sua presidência, não poderia deixar de expressar a sua visão sobre o caso em apreço.

Pois bem, em que pese a Fecomercio-SP ter apresentado um cenário catastrófico para o comercio varejista – comprovando que vislumbra apenas e tão somente chamar a atenção para uma parte da economia -, deixando de perceber que o tema deve ser visto sobre um anglo mais amplo, sobretudo porque os feriados prolongados impactam diretamente sobre uma atividade que é considerada a mola mestre na economia de vários países, inclusive no Brasil, onde responde por cerca de 3,5% do PIB (algo acima de R$ 180 bilhões) e que por força do incremento dos feriados prolongados em 2017 deverá aumentar a economia nacional em 2017 em torno de R$ 11 bilhões.

A despeito de já terem ocorridos diversas manifestações contrárias de vários representantes do trade turístico, dentre elas, o pronunciamento da ABAV/SP, o qual, através de dados estatísticos, mostrou que a realidade é bem diferente daquela que foi apontada pela Fecomercio-SP, afinal de contas, se trata de um estudo, que apesar de merecer o necessário respeito e crédito, está calcado apenas em dados das vendas do comercio varejista, não expressando, portanto, a verdade da economia como um todo, ignorando, sobretudo, os números das demais atividades. Só para se ter uma noção disso, segundo os dados divulgados pela ABAV/SP, o turismo é responsável direto por um em cada onze empregos em âmbito mundial.

Nesse pormenor, não poderíamos deixar de observar que a Fecomercio-SP, ao divulgar o trabalho em comento, pretendendo a mudança dos feriados prolongados, ela o fez olhando apenas para a sua base de representação, deixando à mingua os demais seguimentos ou atividades que compõem a economia nacional.

Aliás, tal posicionamento causa espécie na medida em que a Fecomecio-SP e a sua entidade mãe (CNC) vivem alardeando que representam, também, o turismo nacional – coisa que não é verdadeira (existem entidades classistas, reconhecidas legalmente como lídimas representes do turismo nacional, então é se de perguntar por que olhar apenas para o comercio, se a economia não é feita somente de comercio, ou melhor, de comercio varejista?

Nesse contexto, importante ressaltar e destacar a observação feita por Marcos Balsamão, presidente da ABAV/SP, para quem: “o Turismo é impulsionador de outros setores, como a construção civil, alimentos e bebidas e meios de transporte”. Assim, se a Fecomercio-SP representa uma parte da economia – um elo na corrente da economia -, é de se estranhar, mais ainda, a falta de sintonia da Fecomecio-SP com os demais elos dessa cadeia.

Não é compreensível que a Fecomercio-SP, por meio de pronunciamento de seu presidente, Abram Szajman, tenha vindo à público para afirmar: “Isto não significa que a Fecomercio tenha qualquer restrição aos movimentos turísticos que resultam dessas pontes, pelo contrário, considera que a atividade turística deve ser amplamente favorecida por todos os envolvimentos macroeconômicos que acaba gerando” e ao mesmo tempo, se posicione contra os feriados prolongados, os quais, sabidamente, impulsionam toda a cadeia turística brasileira, inclusive o comercio varejista das cidades beneficiadas pela inda e vinda de turistas.

Diante de tal quadro, a Fenactur, como entidade nacional que congrega 25 (vinte e cinco) sindicatos de turismo, espalhados por todo o território nacional, os quais, por sua vez, representam cerca de 22.000 (vinte e duas mil) agências de viagens, não poderia deixa de se pronunciar e tampouco compactuar com uma visão tão bairrista, como a que foi adotada pela Fecomercio-SP ao pleitear a mudança dos feriados prolongados de 2017.

Fica aqui, portanto, a nossa indignação com tão vergonhosa intenção de beneficiamento indevido, em detrimento dos demais setores da economia nacional.

A FHORESC também se manifesta a respeito

Palavras de Estanislau Bresolin, Presidente da FHORESC – FEDERAÇÃO DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DO ESTADO DE SANTA CATARINA: Fecomercio/SC sob a inspiração do seu patriarca CNC – Confederação Nacional do Comércio quer acabar com os feriados, alegando prejuízos aos varejistas porque tem que fechar suas portas. Essa visão distorcida além de tentar prejudicar o turismo, atira contra o próprio pé, pois grande parte do comércio hoje funciona em feriados e nos pontos turísticos mais ainda.
Mas o mais incrível, eles querem acabar com os feriados para “dessazonalizar” o turismo, ou seja, além de serem contra não sabem do que estão falando, pois, feriado é uma coisa e sazonalidade outra completamente diferente, como diria o velho ditado, confundem alhos com bugalhos. É o que resulta quando alguém fala do que não domina.

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