Posição da CNTur Sobre a Regulamentação da Lei Antifumo

Compartilhar Artigo

Foi publicado em 02 de junho o decreto 8.262/14, que proíbe, em âmbito nacional, o fumo em locais fechados, acaba com a propaganda de cigarros e determina a ampliação de mensagens de alerta em maços vendidos no país.Alguns Estados do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, já possuem, desde 2009, leis que proíbem o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos e cachimbos em locais fechados de uso coletivo, públicos ou privados. Agora, o decreto elevou a proibição ao âmbito nacional.

O texto publicado em 02 de junho altera o decreto 2.018/96, que regulamentou a lei 9.294, do mesmo ano, que dispôs sobre as restrições ao uso e à propaganda dos produtos fumígeros. Além dos dispositivos sobre venda e publicidade dos cigarros, o decreto alterou significativamente o trecho sobre os locais onde o fumo é proibido.

A mateira jornalística do Correio Brasiliense, destacada abaixo, traz a abalizada análise do representante da Abrasel-DF, que tem total apoio e concordância da CNTur.

Entretanto, a desastrada manifestação do Presidente da Fecomércio-DF, vem demonstrar cabalmente, mais uma vez, porque a CNC – Confederação Nacional do Comércio e suas Federações, não representam, posto que não defendem, o segmento econômico do Turismo Brasileiro.

#Regras confusas sobre Lei Antifumo prejudicam bares, que já amargam perdas – Brasil

Diário de Pernanbuco

”Depois de a Lei nº11.705/08, popularmente conhecida como Lei Seca, reduzir as vendas de bebidas alcoólicas, o setor de bares e restaurantes tem uma nova preocupação: o Decreto nº 8.262, que regulamenta a Lei Antifumo, de 2011, publicado em 02 de junho no Diário Oficial da União. Segundo cálculos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), ao menos 1 milhão de estabelecimentos podem ser impactados pela legislação em todo o país.

O presidente da Abrasel no Distrito Federal, Jaime Recena, e membro do Conselho Nacional da entidade, ressalta que pesquisa do setor mostra que o cliente fumante consome 27% a mais em bares e restaurantes do que os não fumantes. “A proibição acaba reduzindo o tempo de permanência desse cliente no bar, e isso vai causar uma redução de consumo”, pondera.

Além do temor com a perda financeira, outra questão preocupa Recena: a punição do dono do estabelecimento quando clientes fumarem nos bares e restaurantes. “Da forma que está a lei, traz uma distorção, porque penaliza o empresário, e não a pessoa que comete o ato. Os proprietários não têm poder de polícia para proibir eventuais infrações”, diz. Por isso, o presidente da Abrasel-DF afirma que a associação pretende abrir diálogos com o governo para que o decreto seja revisto.

Entre os vários comerciantes que terão que se adequar às normas, o sócio-proprietário de um restaurante na Asa Norte, em Brasília, Ammar Abunabut, faz as contas do quanto perderá se não puder oferecer o serviço de narguilé aos clientes. O fumo é responsável por, pelo menos, 20% do lucro. Com menos de um mês em funcionamento, ele gastou mais de R$ 8,4 mil apenas com a compra dos cachimbos e essências. “O jeito vai ser investir em novos pratos e focar apenas no serviço de alimentação. Mas e se o cliente quiser fumar? A lei ainda é confusa”, lamenta.

Para a indústria, a perda pode ser ainda maior. Em 2013, o setor, que emprega 2,2 milhões de pessoas, direta e indiretamente, atingiu receita de R$ 18 bilhões, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Sem levar em conta o ganho que o governo terá com a prevenção de doenças causadas pelo uso do tabaco, o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, considera que a medida desfavorece até mesmo o governo. “No ano passado, o Estado arrecadou R$ 10,7 bilhões só com IPI, ICMS, PIS/Cofins do setor.”

A Souza Cruz, uma das maiores companhias do setor, considera as restrições “desproporcionais e irrazoáveis às empresas legalmente estabelecidas” são medidas que somente contribuem para o aumento do mercado ilegal de cigarros.

Adaptação

Na opinião do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana, o comerciante sofrerá em um primeiro momento, mas a pessoa não vai deixar de frequentar um restaurante ou bar. “Quem vende o produto sentirá um pouco no bolso, mas tudo será uma questão de adaptação. Todas essas medidas são procedentes de pesquisa. O governo arrecada muito dinheiro com cigarro, mas gasta muito com doenças advindas do cigarro. O decreto não vai impedir que ninguém fume, mas vai proteger a população do fumo passivo. Os comerciantes terão tempo para se adaptar às normas”, avalia.”

Artigos Relacionados

Notícias

Missa de Sétimo Dia

Missa de Sétimo Dia em memória de Nelson de Abreu Pinto, a ser celebrada no dia 23/06/2025, às 17h30, na Paróquia Nossa Senhora do Brasil,

Notícias

Nota de Pesar – Dr. Nelson de Abreu Pinto

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Dr. Nelson de Abreu Pinto, ocorrido nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025. Líder incansável e

Notícias

Nota de Falecimento

É com um pesar imenso que anunciamos o falecimento de SILVIO PESSOA DA SILVA JUNIOR, vice-presidente da CNTur, ex-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares