Turista brasileiro é cobiçado por destinos menos visitados

As areias claras e o azul-turquesa do mar do Caribe explicam a dependência econômica da pequena e paradisíaca Anguilla do turismo de luxo. No final de 2013, a ilha, um território britânico, entrou na disputa pela preferência do viajante brasileiro, abrindo um escritório de representação turística no país.

Nos últimos anos, outros destinos menos visitados por brasileiros, como o município mexicano de Los Cabos, o arquipélago de Seychelles e o Estado do Arizona (EUA), fizeram o mesmo: desembarcaram aqui para tentar aumentar o fluxo de turistas para lá.

Segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), a cada ano, o número de brasileiros que viajam para o exterior aumenta 5%, em média –em 2013, cerca de 7 milhões viajaram.

As visitas de brasileiros são cobiçadas porque seus gastos em viagens internacionais também crescem: em cinco anos, eles mais que dobraram, passando de R$ 10,9 bilhões em 2008 para R$ 22,2 bilhões em 2013, de acordo com o Banco Central.

No caso de destinos exóticos e pouco conhecidos, o turista mais desejado é justamente o que gasta mais. Uma das primeiras tarefas do escritório do Arizona, aberto no Brasil no ano passado, é promover ações para esclarecer que o parque nacional do Grand Canyon fica lá, e não em Nevada. Outra missão é diversificar o público e incluir, além de aventureiros, casais, famílias e grupos de amigos que busquem resorts de luxo, atividades ao ar livre e golfe –há cerca de 200 campos nas proximidades da capital, Phoenix.

Ainda não existem números consolidados sobre a quantidade de turistas brasileiros no Estado, assim como também não é possível saber quantos brasileiros visitam Anguilla –os formulários de imigração começaram a ser utilizados recentemente.

O arquipélago de Seychelles, país perto da costa leste da África, no oceano Índico, marca presença no Brasil desde 2012. Em 2012, 361 brasileiros visitaram Seychelles. Um ano depois, o número subiu para 550. Los Cabos, cidade no Estado mexicano de Baja California Sur, é muito procurado para viagens a dois, mas também tem atrações como mergulho, nado com golfinhos e surfe. Ainda não há dados sobre o número de turistas brasileiros que foram a Los Cabos em 2013. Em 2012, ano de abertura da representação, foram cerca de 7.200 brasileiros, fluxo 80% maior que o registrado em 2011, diz a ABAV.

Via: Folha de São Paulo

FOHB Promove Encontro com Ministro do Turismo em São Paulo

O FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), representado pelo presidente Roberto Rotter, além de vice-presidentes, diretores e conselheiros da entidade, se reuniram com o ministro do Turismo, Vinicius Lages, na manhã de 28 de julho, em São Paulo. O encontro teve como objetivo principal tratar de assuntos ligados ao setor hoteleiro no Brasil e debater as principais ações do Governo Federal para colaborar com o desenvolvimento da hotelaria no País.

Na ocasião, o FOHB apresentou as pesquisas com resultados das redes hoteleiras durante a Copa do Mundo e os planos dos empreendedores ao longo dos próximos anos para a ampliação do parque hoteleiro em todo o Brasil. Entre 2015 e 2016, a oferta de unidades habitacionais das redes associadas ao FOHB vai crescer 23%, com acréscimo de mais de 30 mil UH´s nesse período e cerca de 150 novos hotéis, reforçou Roberto Rotter. Por isso, o desenvolvimento do Turismo no Brasil também foi debatido pelos empresários do setor, com destaque para a infraestrutura turística, especialmente as ações do MTur para a promoção dos destinos interna e externamente, que colaboraria com boas taxas de ocupação ao longo de todo o ano.

Durante o evento, o FOHB também discorreu sobre pautas legislativas e regulatórias que impactam negativamente o setor e que requerem o apoio do Governo. Entre elas, o Projeto de Lei 7337/14, que trata do cancelamento de reserva efetuado 72 horas antes do check-in, alterações da Lei Geral do Turismo, documentação Cadastur (transformação da portaria em Lei), Projeto de Lei 57/2010, que regulamenta a gorjeta, desoneração da folha de pagamento, CVM, ECAD e contratação de pessoal em períodos de curta duração.

O ministro Vinicius Lages demonstrou total apoio ao setor, enfatizando em seu discurso o legado positivo para o Brasil após a Copa do Mundo, a importância da promoção dos destinos, regulação e fiscalização, abordou as perspectivas futuras para o turismo no Brasil: o papel do Ministério do Turismo pós-copa, profissionalização e capacitação, revisão da Lei Geral do Turismo, e falou sobre financiamentos para o setor hoteleiro, assim como o apoio ao empreendedor nas pautas propostas. Vamos trabalhar juntos tanto para manter uma agenda legislativa, como para tratar de assuntos de investimento e financiamento para a hotelaria a partir de um cronograma de diálogos com o BNDES, disse o ministro, que reforçou a importância da parceria do FOHB na produção de estudos de mercado e colocou o MTur à disposição para parceria em pesquisas.