* Fábio Aguayo
A somatória do binômio Economia e Saúde é a melhor forma de parceria entre o poder público e a iniciativa privada
Se de um lado o município precisa de recursos financeiros para continuar honrando seus credores, de outro, estabelecimentos comerciais pagam suas contas, mantém uma cadeia de fornecedores e ainda geram empregos.
A única forma de a equação apresentar resultado verdadeiro é esta:
• Economia + Saúde = Parceria (poder público e iniciativa privada)
Qualquer outra maneira invalida a equação:
• Economia – Saúde = Medo e Violência
• Saúde – Economia = Descaminho e Clandestinidade
O coronavirus COVID-19 está circulando muito mais entre todos nós. Precisamos cuidar uns dos outros e não agir como se houvesse culpa de um ou outro setor gerador de emprego. No caso dos bares, ou mesmo os demais estabelecimentos que foram autuados, faltaram a parceria e a comunicação.
Em reunião com as entidades de classe de diversos setores na data de 20 de novembro, a informação por parte da gestão municipal de Curitiba foi de que, se em sete dias a pandemia não desse sinais de redução nos números assustadores e crescentes de casos, outras medidas seriam adotadas.
As entidades presentes, todas, sem exceção, concordaram que pediriam aos seus associados maior atenção quanto ao uso dos protocolos da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do Ministério da Saúde. Também foi proposta uma ação proativa, a de que fosse realizada uma coletiva de imprensa com fins didáticos para que a população fosse tocada mais uma vez, sobre suas responsabilidades de cuidados e empatia com o próximo.
Muito mais do que sermos curitibanos, de nascimento ou adoção, somos humanos. Todos nós temos parentes, amigos, vizinhos que amamos, mas que infelizmente, em alguns casos, perderam a batalha para o COVID-19. De outro lado, temos empregos ou empregamos e com isso, nossa vida e a de quem amamos, e que dependem de nós, devem continuar seguindo.
Não é mais tempo de ações brutas e violentas. É tempo de ações preventivas e educativas.
Não é mais tempo de tratar a população com desrespeito como não atendimento em órgãos públicos ou mesmo falta de transporte coletivo digno e não lotado.
É tempo de Curitiba, ser exemplo, como já foi tantas vezes. É tempo de diminuir o ódio, e dar lugar ao amor ao próximo.
Representando o setor privado, mais especificamente os bares, a ABRABAR levanta a bandeira da paz. Neste ato, seus estabelecimentos reforçam as medidas preventivas para com a população no tempo em que pedem que as ações da polícia militar atuem como em colégios (nos tempos em que tudo funcionava) preventivamente, impedindo as aglomerações causadas por populações sem responsabilidade.
Na bandeira de paz, colocamo-nos à disposição para, na possibilidade de uma coletiva de imprensa, disponibilizar um estabelecimento para demonstrações de como as populações devem agir em ambientes destinados a oferecer alimentos fora de casa.
Na certeza de que o tom de união corresponderá muito mais com o período de Natal, em que existe a expectativa de vendas no comércio e de que todos, precisam sair deste cenário com menores perdas do que as que já tivemos, pedimos o mesmo gesto que estamos oferecendo, o de mãos estendidas.
União para menores perdas em todas as áreas, esta é a receita. A ABRABAR quer união.
(*) Fábio Aguayo é presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (ABRABAR)